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PGR denuncia radialista que disse ao vivo ter financiado atos de 8/1

Radialista Milton de Oliveira afirmou no programa “Manhã da Pan”, de então afiliada da Jovem Pan, que ajudou “patriotas” a irem a Brasília

atualizado

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Empresário denunciado pela PGR
1 de 1 Empresário denunciado pela PGR - Foto: Reprodução

São Paulo — O radialista e empresário Milton de Oliveira Júnior foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) após dizer durante um programa de rádio que financiou os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 em Brasília. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do caso, deu 15 dias para que Milton se manifeste sobre a denúncia, apresentada no último dia 7 de junho.

Milton vai responder por associação criminosa armada, abolição violenta do Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração do patrimônio tombado.

Milton foi alvo da 13ª fase da Operação Lesa Pátria, em 27 de junho do ano passado. Na ocasião, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca em endereços ligados ao empresário.

Dois meses antes, em 20 de abril de 2023, Milton disse no programa “Manhã da Pan”, da afiliada da Jovem Pan na região, que ajudou “patriotas” a irem a Brasília “protestar” contra o governo Lula, em 20 de abril daquele ano. Ele disse ter contribuído com recursos em dinheiro e que tinha os comprovantes das transações via Pix.

“Eu ajudei, não tenho medo de assumir o que eu faço. Tá lá. Se eu tiver que ser preso porque eu ajudei alguns patriotas a irem para Brasília fazer protestos contra um governo ilegítimo, que eu seja preso. Não há problema nenhum. A gente tem que assumir os compromissos que a gente faz. Eu não tenho medo da Justiça”, disse ele na ocasião.

A fala do radialista foi direcionada a ex-prefeita de Itapetininga e atual deputada federal Simone Marquetto (MDB-SP), depois que a parlamentar deu uma entrevista sobre o assunto.

“Eu contribuí, deputada. Entrego o recibo pra senhora. Não tenho medo de assumir o que eu faço”, disse.

No dia 20 de abril, a Jovem Pan anunciou o rompimento do contrato com a afiliada de Itapetininga, no interior de São Paulo, que era administrada pela DPV Limitada, empresa de Milton.

“A Jovem Pan esclarece que o empresário Milton Oliveira não faz mais parte do grupo de afiliados da Rede Jovem Pan. O contrato com a DPV Limitada, empresa que administrava a Jovem Pan Itapetininga, foi rompido na tarde de 20 de abril deste ano, mesma data em que o radialista usou o espaço da programação local da afiliada para manifestar apoio aos atos criminosos de 8 de Janeiro e para declarar ter apoiado financeiramente os protestos que levaram à depredação em Brasília”, afirmou a Jovem Pan após a operação da PF.

O empresário Fábio Carriel Agostinho também é alvo da denúncia apresentada pela Procuradoria-geral da República no último dia 7 de junho e vai responder pelos crimes que Milton de Oliveira Júnior.

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