PF troca chefe em São Paulo. Delegado quer ser adido no exterior
Superintendente da PF em SP, Rogerio Giampaoli quer ser adido; substituto atuou na Lava Jato e tomará posse na semana que vem
atualizado
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São Paulo – A Polícia Federal (PF) decidiu trocar o comando de sua superintendência no Estado de São Paulo. O ato deve ser publicado no Diário Oficial desta sexta-feira (5/7) e a posse do novo ocupante da cadeira acontecerá na semana que vem, com a presença do diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.
O delegado Rogerio Giampaoli, atual superintendente, é próximo do diretor-geral e tinha o desejo antigo de ser adido no exterior. Há uma possibilidade de conseguir uma vaga no Chile.
Quem assume a superintendência de São Paulo é Rodrigo Luis Sanfurgo de Carvalho. Sua posse será na próxima quarta-feira (10/7), com direito à presença do diretor-geral, na sede da PF paulista.
Giampaoli estava no cargo desde o início de 2023, quando a cúpula do órgão trocou o comando de 20 superintendências. Antes, ele chefiava a Polícia Federal em Sorocaba, no interior de São Paulo.
No segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2007-2010), ele coordenou o Comando de Operações Táticas (COT), considerada a tropa de elite da PF, treinada para executar operações especiais.
Sob seu comando, a PF em São Paulo conduziu operações e relatou inquéritos sobre tráfico de drogas, o que incluiu a atuação de facções brasileiras no exterior e mesmo a investigação que levou à denúncia contra o influencer Renato Cariani, acusado de associação ao tráfico de drogas.
Em seu último dia antes do anúncio da troca, a PF entregou à Biblioteca Mário de Andrade 12 gravuras pintadas à mão por Jacob Steinmann (1800 – 1844) do livro “Souvenirs de Rio de Janeiro” (1834), pertencente à Seção de Obras Raras e Especiais.
A obra rara havia sido furtada juntamente com outros objetos e gravuras da biblioteca de Mário de Andrade em São Paulo, em 2006, e constava da lista de objetos roubados da Interpol, que foram furtadas em 2006.
Sanfurgo, que assume o cargo, tem experiência em operações sobre lavagem de dinheiro e corrupção e chegou a integrar parte das investigações da Operação Lava Jato. Ele já chefiou a Delegacia de Combate a Corrupção e Crimes Financeiros de São Paulo.
Quando ele passou a integrar o grupo de investigadores da Lava Jato, a PF chegou a ter de divulgar uma nota pública para negar que a troca de delegados que estavam lá não fazia parte de um “desmanche” da operação.