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PF também diz que laudo médico apresentado por Pablo Marçal é falso

Assim como a Polícia Civil de SP, a PF também concluiu que o laudo apresentado por Marçal atacando Boulos tem assinatura falsa

atualizado

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1 de 1 Bolsonaro Pablo Marçal - Foto: Metrópoles

São Paulo — A Polícia Federal (PF) concluiu que é falso o laudo médico divulgado por Pablo Marçal (PRTB) nas vésperas das eleições do último domingo (6/10), e que diz ser de uma suposta internação de Guilherme Boulos (PSol) por uso de cocaína.

Segundo o jornal Estado de S. Paulo, peritos da PF identificaram alterações na assinatura do médico, já falecido, José Roberto de Souza. Um exame grafoscópico, que permite confirmar a autenticidade de textos manuscritos, foi feito no documento e constatou as divergências.

Ainda de acordo com o jornal, a Polícia Federal afirmou que as inconsistências indicam a “procedência de natura espúria” da assinatura.

“As evidências suportam fortemente a hipótese de que os manuscritos questionados não foram produzidos pela mesma pessoa que forneceu os padrões”, afirma o relatório pericial.

Para realizar a perícia, os agentes federais utilizaram outras assinaturas legítimas do médico encontradas em arquivos oficiais para comparar com o documento apresentado por Marçal.

Com isso, a PF encontrou as inconsistências “tanto nas formas gráficas, quanto em suas gêneses” e disse que não há indícios que as assinaturas tenham sido feitas pela mesma pessoa.

“É falsa a imagem”

A Polícia Técnico-Científica de São Paulo já havia indicado a falta de veracidade do documento apresentado por Marçal. Os peritos trabalharam durante a madrugada do sábado (5/10) que antecedeu as eleições, na avaliação do laudo médico.

As autoridades policiais comunicaram o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas sobre o resultado e o Instituto de Criminalística revelou a falsidade do atestado divulgado por Marçal na sexta.

“É FALSA a imagem da assinatura em nome do médico ‘JOSÉ ROBERTO DE SOUZA’, lançada no receituário objeto de exame, descrito no capítulo ‘Peça de Exame’, posto que tal assinatura não apresenta as mesmas características gráficas dos exemplares observados nos documentos descritos no capítulo ‘Padrões de Confronto’”, afirmam os peritos Nicia Harumi Koga, Marina MIlanello do Amaral Pais e Raphael Parisotto”, diz o documento do Instituto de Criminalística.

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Na tarde do mesmo sábado, Guilherme Boulos registrou um boletim de ocorrência no 89º Distrito Policial, no Morumbi, zona sul paulistana, sobre o laudo falso publicado pelo influenciador.

As diligências começaram nesta segunda-feira (7/10), primeiro dia após as eleições municipais. Além de Marçal, a filha do médico que assina o receituário também está entre as testemunhas ouvidas pela investigação. Segundo ela, o pai, José Roberto de Souza, que morreu em 2022, nunca trabalhou em São Paulo, nem na clínica “Mais Consultas”, no bairro Jabaquara, como consta no laudo.

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