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PF faz operação contra milícia fortemente armada no Vale do Paraíba

Além de atos violentos e graves ameaças a pessoas, PF diz milícia tinha apoio de agentes públicos para acessar informações privilegiadas

atualizado

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Divulgação/PF
Imagem colorida de viaturas da Polícia Federal (PF)
1 de 1 Imagem colorida de viaturas da Polícia Federal (PF) - Foto: Divulgação/PF

São Paulo – A Polícia Federal (PF) faz operação nesta quinta-feira (29/6) contra uma milícia privada, que tem participação de agentes públicos, na região do Vale do Paraíba, interior de São Paulo.

Segundo as investigações, o grupo fazia ameaças e usava de força para praticar diversos crimes.

Além da contratação de homens responsáveis por atos violentos e graves ameaças a bens e pessoas, a milícia contava com o apoio de agentes públicos que, se valendo dessa posição, realizavam consultas em bancos de dados para repassar aos líderes do grupo informações privilegiadas sobre vítimas e possíveis ações policiais em desfavor da organização criminosa.

A operação, batizada de Hoste do Vale, envolve 90 policiais federais, que cumprem 16 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 3ª Vara Criminal da Justiça Estadual de São José dos Campos.

Os policiais estão em São José dos Campos, Jacareí, Santa Branca, Mauá, Mogi das Cruzes e Guarulhos.

Ação contra refinaria

De acordo com a PF, a ação desta quinta é desdobramento da operação “Pau na Gata I”, deflagrada em outubro de 2019, quando foi descoberta a existência de uma milícia particular comandada pelo ex-presidente de um sindicato de São José dos Campos e formada tanto por servidores públicos quanto por civis.

O referido grupo foi responsável pela coerção e intimidação praticada por meio de violência física e moral contra pessoas ligadas a uma refinaria em São José dos Campos, além de ataques contra bens ligados à refinaria, como depredação de ônibus e veículos particulares.

O trabalho investigativo também comprovou a ligação entre vários membros do grupo criminoso, que possuíam tarefas bem definidas dentro da estrutura da organização, e manteve as atividades ilícitas, inclusive para a defesa de interesses de terceiros.

Os suspeitos são investigados pelos crimes de milícia privada, divulgação de segredo e falsidade ideológica, além de delitos relacionados à posse, porte e comercialização ilegal de armas de fogos. Se condenados, a pena pode chegar até 33 anos de prisão.

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