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PF encontra carro de Wassef estacionado em vaga para pessoa com deficiência

Advogado foi alvo de operação da PF em shopping de São Paulo; agentes foram fazer vistoria no veículo de Wassef e encontrou a irregularidade

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Imagem colorida mostra foto do advogado Frederick Wassef vestido com terno azul escuro, camisa azul clara e gravata em Brasília - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra foto do advogado Frederick Wassef vestido com terno azul escuro, camisa azul clara e gravata em Brasília - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/ Metrópoles

São Paulo – Na mesma noite em que teve o celular apreendido pela Polícia Federal (PF), nessa quarta-feira (16/8), o advogado Frederick Wassef teve o seu carro encontrado estacionado em uma vaga reservada para pessoas com deficiência.

A PF localizou Wassef em uma churrascaria que fica dentro do shopping Morumbi, na zona sul de São Paulo, e apreendeu o telefone do advogado.

Na sequência, segundo informações do jornal O Estado de S.Paulo, os agentes pediram para fazer uma busca no carro de Wassef e foram até o estacionamento do centro comercial, onde encontraram o carro parado de forma irregular.

A operação aconteceu um dia depois de Wassef admitir ter comprado, nos Estados Unidos, o relógio Rolex dado de presente pelo governo árabe a Jair Bolsonaro (PL) e vendido ilegalmente pelo seu então ajudante de ordens Mauro Cesar Cid.

Investigado pela PF por suposto envolvimento no esquema de venda de joias presenteadas ao Brasil, Wassef declarou na terça-feira (15/8) que comprou o relógio por US$ 49 mil com seu próprio dinheiro durante as “férias” para “devolver à União” por causa da decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que solicitou a devolução dos presentes recebidos na gestão Bolsonaro.

Wassef negou que tenha havido uma “missão de resgaste” para a recompra do relógio, como suspeita a PF, e disse que só revelará “no momento oportuno” quem solicitou que ele fizesse a aquisição do Rolex que havia sido vendido pelo coronel Cid. “Não foi Jair Messias Bolsonaro quem me pediu ou solicitou que comprasse o Rolex”, disse.

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Estojo entregue ao ex-presidente Bolsonaro contendo kit com relógio com pulseira em couro, par de abotoaduras, caneta rosa gol, anel e um masbaha rose gold, todos da marca suíça Chopard
Bolsonaro e Michelle terão destinos diferentes no caso das joias, definiu Polícia Federal
Joias sauditas apreendidas no Aeroporto de Guarulhos com comitiva do presidente Jair Bolsonaro, em 2021
Relógio da marca Rolex, similar ao recebido por Jair Bolsonaro: preço médio de R$ 340 mil
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Joias entregues por Bolsonaro à União

Divulgação/Defesa Bolsonaro
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Estojo entregue ao ex-presidente Bolsonaro contendo kit com relógio com pulseira em couro, par de abotoaduras, caneta rosa gol, anel e um masbaha rose gold, todos da marca suíça Chopard

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Bolsonaro e Michelle terão destinos diferentes no caso das joias, definiu Polícia Federal

Igo Estrela/Metrópoles e Divulgação
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Joias sauditas apreendidas no Aeroporto de Guarulhos com comitiva do presidente Jair Bolsonaro, em 2021

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Relógio da marca Rolex, similar ao recebido por Jair Bolsonaro: preço médio de R$ 340 mil

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De acordo com a PF, Wassef teria ido aos EUA para auxiliar o então ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cesar Cid a resgatar o Rolex Day-Date 18946 vendido ilegalmente por ele. A PF já identificou que Cid apagou a maior parte de suas conversas telefônicas com Wassef, segundo adiantou a coluna do Guilherme Amado, do Metrópoles.
A Polícia Federal já havia encontrado um recibo de compra do relógio Rolex que estaria em nome de Wassef. Em coletiva de imprensa realizada na terça, o próprio advogado exibiu a nota da compra do relógio, da loja Precision Watches.
“Se alguém vai com a missão de fazer o resgate, fica três dias, compra o relógio e volta”, disse Wassef, que afirmou ter passado semanas de férias em diferentes cidades dos Estados Unidos, como Miami, Filadélfia e Nova York, antes de voltar ao Brasil, no fim de março.
O Código de Trânsito Brasileiro prevê multa de R$ 293,47 para quem estacionar em uma vaga destinada a idoso ou pessoa com deficiência sem ter 60 anos ou mais (e sem o cartão de estacionamento para idoso ou para pessoa com deficiência), mesmo em espaços privados, como shoppings. Além disso, essa infração, que é gravíssima, gera sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do condutor e o veículo pode ser recolhido.

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