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PCC está por trás de esquema de tráfico de drogas em aeroporto de SP, diz PF

Foram presos 16 integrantes de braço do PCC que agia no Aeroporto de Guarulhos; etiquetas de passageiros eram colocadas em malas com drogas

atualizado

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Dois delegados da PF dão coletiva na sede da PF em São Paulo
1 de 1 Dois delegados da PF dão coletiva na sede da PF em São Paulo - Foto: Renan Porto/Metrópoles

São Paulo – A Polícia Federal disse nesta terça-feira (18/7) que conseguiu desmantelar a organização criminosa que atuava no Aeroporto de Guarulhos colocando etiquetas de passageiros comuns em bagagens carregadas de drogas com destino ao exterior. De acordo com o chefe da delegacia regional da PF, Cristiano Pádua, as equipes de investigação acreditam que o grupo tenha relação com o PCC.

“A gente acredita que tem realmente tenha ligação com o PCC. O PCC dava o ‘ok’ para que tudo funcionasse. O braço de Guarulhos responsável por fazer esse link com o aeroporto realmente tomou um golpe duro e foi desmantelado”, afirmou Pádua.

Nesta terça-feira, foram presos 16 integrantes da quadrilha em endereços em São Paulo e Guarulhos. Um dos presos, ao perceber a chegada a PF, tentou quebrar dois celulares para impedir que os agentes tivessem acesso às informações contidas nos aparelhos.

Entre eles quatro mandantes, além de funcionários do aeroporto e de companhias aéreas. Duas pessoas estão foragidas. “Os mandantes não atuavam no aeroporto. Alguns já atuaram lá. Por isso adquiriram o knowhow”, disse Pádua.

Falso check-in

“Eles mobilizam o grupo que trabalha no aeroporto no dia em que eles estão querendo enviar a droga e simulam um check- in de bagagem no terminal nacional. Lá dentro, alguém pega essa droga, desvia para o setor internacional e, lá no setor internacional, ela é introduzida na aeronave. Lá eles também têm membros do grupo para retirar a droga”, disse Felipe Faé Lavareda, delegado da PF.

De acordo com a Polícia Federal, a quadrilha atuava havia cerca de 2 anos. Segundo os delegados, é possível que haja ramificações em outros aeroportos dos país.

Em abril, em uma primeira fase da operação, foram presos sete funcionários do aeroporto envolvidos na troca das etiquetas.

“O aliciamento ocorre tão cedo quanto o primeiro dia de trabalho da pessoa. A pessoa se aplicava ali para o emprego no aeroporto de Guarulhos já aliciada”, disse Lavareda.

Desde outubro do ano passado, a quadrilha enviou cerca de 120 kg de cocaína para a Europa, em aeroportos na Europa. Foram três envios no período.

Brasileiras presas

O esquema ganhou repercussão quando veio à tona em abril o caso de duas passageiras de Goiânia (GO) que tiveram as bagagens trocadas por malas com cocaína e foram presas por tráfico internacional de drogas em Frankfurt, na Alemanha, em 5 de março.

16 imagens
Na entrada do aeroporto, é possível ver as jovens chegando com uma bagagem preta e outra rosa
Pelas câmeras internas do aeroporto de Guarulhos, um funcionário seleciona a mala preta das jovens
Ele identifica as informações pessoais na etiqueta da mala
Ele chama o cúmplice, que vai até o local
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Imagens de elevador mostram as goianas saindo de casa com uma bagagem preta

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Na entrada do aeroporto, é possível ver as jovens chegando com uma bagagem preta e outra rosa

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Pelas câmeras internas do aeroporto de Guarulhos, um funcionário seleciona a mala preta das jovens

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Ele identifica as informações pessoais na etiqueta da mala

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Ele chama o cúmplice, que vai até o local

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Um dos integrantes da quadrilha tira foto dos dados

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A mala fica na esteira sob vigilância dos bandidos

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Em seguida, eles aparentam fazer uma ligação

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Na entrada do aeroporto, outras duas mulheres integrantes da quadrilha chegam com outras malas

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Uma funcionária do guichê acena para elas e coloca as malas nas esteiras

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Três minutos após o suposto atendimento, as mulheres saem do aeroporto

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As novas malas contêm 20 kg de cocaína em cada e vão para esteira na área interna

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Os funcionários procuram as malas

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Ao recolher, eles fazem a troca da etiqueta

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Vídeo mostra os criminosos se escondendo em ponto cego para efetuar troca

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As malas de Jeanne Cristina Paolini Pinho e Kátyna Baía foram despachadas no Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, mas as etiquetas com seus nomes foram colocadas em malas carregadas de drogas dentro do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Cada bagagem tinha cerca de 20 quilos de cocaína. As malas originais das passageiras nunca foram encontradas.

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