Pena prescreve e promotor que matou jovem tem processo encerrado
20 anos após crime no litoral de São Paulo, promotor passou por júri popular em 2024 e foi condenado a nove anos de prisão
atualizado
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São Paulo — O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) extinguiu a punição do ex-promotor Thales Ferri Schoedl, condenado por matar um jovem a tiros no litoral de São Paulo. A decisão se deu pelo fato de que o tempo para que o Estado punisse o acusado já passou.
Após o fim definitivo do processo, os documentos serão arquivados. O crime aconteceu em 30 de dezembro de 2004 quando Thales, acompanhando da sua namorada, atirou contra dois jovens na Praia da Riviera de São Lourenço, na cidade de Bertioga, litoral de São Paulo. Felipe Cunha de Souza sobreviveu, mas Diego Mendes Mondanez morreu após ser socorrido. Schoedl foi preso em flagrante.
De acordo com a defesa, o ex-promotor disparou após ameaças dos jovens que teriam mexido com a companheira de Thales e tentado tomar a arma que ele portava.
Thales foi inicialmente absolvido, depois teve a decisão anulada e foi a júri popular em julho de 2024, quando foi condenado a nove anos de prisão em regime fechado.
Agora, porém, o TJSP declarou extinta a punibilidade de Thales Ferri Schoedl após a prescrição.
Em nota, os advogados de Thales, Fernando Cesar de Oliveira Faria e Diego Renoldi Quaresma de Oliveira, afirmaram que a “defesa acreditou em sua inocência e buscou dentro e fora da sala de julgamento demonstrar a verdade da conduta lícita fundada na legítima defesa naquele fatídico dia em dezembro de 2004” e afirmou ainda que “legalmente, o reconhecimento da prescrição coloca fim no caso criminal, afastando qualquer juízo condenatório; não há falar-se em condenação criminal de Thales”.