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Peeling de Gabrielly Miguel, do Casal Maloka, choca seguidores

A influenciadora Gabrielly Miguel, do Casal Maloka, fez um peeling de ATA Cróton, para tratar rugas, cicatrizes e manchas do rosto

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Imagem colorida de uma mulher com o rosto descascando após procedimento estético
1 de 1 Imagem colorida de uma mulher com o rosto descascando após procedimento estético - Foto: Reprodução

São Paulo — A influenciadora Gabrielly Miguel, do Casal Maloka, publicou um vídeo nas redes sociais nesse domingo (10/11) em que mostra os quatro dias a que se submeteu ao procedimento de peeling de ATA Cróton no rosto. Porém, a postagem têm preocupado seguidores da influenciadora.

O peeling de cróton é um procedimento dermatológico agressivo, que utiliza ácido crotônico para tratar alguns problemas de pele. Entre eles, rugas profundas, cicatrizes de acne, manchas solares e hiperpigmentação.

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o ácido tricloroacético (ATA) pode ser combinado com outros agentes, como o crotônico, para a realização de um peeling médio no tratamento de rugas e cicatrizes.

No conteúdo, Gabrielly mostra que a recuperação tem sido difícil, mas que está animada com o resultado final.

Conhecidos como o “Casal Maloka”, Gabrielly Miguel e Douglas Martins viralizaram nas redes sociais por mostrar a vida nas ruas de Santos, no litoral de São Paulo. No entanto, pouco depois de ganhar fama, eles anunciaram o fim do relacionamento.

Cróton x fenol

O peeling de cróton utiliza ácido crotônico, enquanto o peeling de fenol usa ácido fenólico. Embora ambos sejam peelings profundos, o peeling de fenol é conhecido por ser mais intenso e pode exigir um tempo de recuperação mais longo.

Em setembro deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) prorrogou a proibição da importação, fabricação, manipulação, comercialização, propaganda e uso de produtos à base de fenol em procedimentos de saúde em geral ou estéticos. A medida tem prazo indeterminado e foi anunciada após o término da vigência da primeira proibição, de junho.

“O caso específico do fenol continua sendo avaliado e investigado pela Anvisa, que analisa as evidências científicas disponíveis e as informações encaminhadas por entidades de classe e associações da área de saúde, em resposta às diligências realizadas pela Agência. Contudo, como esse trabalho ainda está em andamento, foi necessária a publicação da medida preventiva”, disse a nota da agência anunciada em 27 de setembro.

A medida veio após Henrique da Silva Chagas, de 27 anos, ter morrido em 3 de junho deste ano, poucos minutos após realizar o procedimento peeling de fenol na clínica da influencer Natalia Becker, no Campo Limpo, bairro da zona sul de São Paulo. A influenciadora Natalia Fabiana de Freitas Antonio, que realizou o procedimento, não tinha especialidade ou autorização para fazer o peeling. A polícia investiga o caso como homicídio.

Para a Anvisa, permanecem autorizados e fora da proibição os produtos devidamente regularizados junto à agência, para as exatas condições de registro, e produtos usados em laboratórios analíticos ou de análises clínicas. Porém, reitera que não há produto à base de fenol regularizado na agência com indicação para procedimentos de peeling.

Procedimentos autorizados

Os peelings químicos são procedimentos autorizados no Brasil. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o peeling químico consiste na aplicação de agentes que destroem as camadas superficiais da pele, seguindo-se, então, da sua regeneração, com uma aparência geral melhorada.

“É essencial que seja conduzido por médicos habilitados, preferencialmente em ambiente hospitalar, com o paciente devidamente anestesiado e sob monitoramento cardíaco”, afirmam no site oficial da sociedade.

Um levantamento do Conselho Federal de Medicina, de setembro deste ano, revela o risco ao qual a população está exposta pela realização de procedimentos estéticos invasivos por pessoas sem qualificação.

No país, dentre os 3.532 cursos na área de estética cadastrados na plataforma no Sistema de Regulação do Ensino Superior (e-MEC), do Ministério da Educação, 98% não exigem formação em medicina dos seus participantes, mesmo que boa parte deles se proponha a ensinar aos seus inscritos o uso de técnicas invasivas e de risco, como aplicação de fenol e PMMA (polimetilmetacrilato), entre outras.

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