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Pedreiro era “dono” de avião mantido pelo PCC no Campo de Marte

Investigação da Polícia Civil identificou outras duas aeronaves do PCC registradas em nomes de “laranjas” sem capacidade financeira

atualizado

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Aeronave apreendida é do modelo EMBRAER EMD110
1 de 1 Aeronave apreendida é do modelo EMBRAER EMD110 - Foto: Reprodução

São Paulo — Um avião usado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) para transportar drogas, apreendido pela Polícia Civil no Campo de Marte, zona norte de São Paulo, no último dia 7/8, esteve registrado em nome de um pedreiro, de acordo com a investigação.

O Metrópoles apurou que a aeronave Embraer EMB-110P1, de prefixo PT-OCW, ficou registrada durante um período no nome de uma empresa cujo proprietário era uma pessoa humilde, que trabalhava em obras, e “sem capacidade financeira”.

A investigação, que segue em sigilo, mostra que o registro da aeronave foi posteriormente transferida do pedreiro “laranja” para o nome do piloto Pablito Baena Castilho Aviation, que já foi alvo de busca e apreensão na Operação Terra Fértil, da Polícia Federal (PF), em 2 de julho.

 

 

A Polícia Civil ainda procura por outras duas aeronaves usadas pelo PCC e também registradas em nome de laranjas, que não têm condições financeiras para tê-las. Procurados pela reportagem, policiais do 30º DP (Tatuapé) afirmaram que a investigação segue sob segredo de Justiça, impedindo o delegacia de dar detalhamentos sobre o caso.

Alvo da PF

Como mostrado pelo Metrópoles, o atual dono do avião apreendido no Campo de Marte, Pablito Baena Castilho Aviation, é um piloto que foi alvo de mandado de busca e apreensão na Operação Terra Fértil, da PF, em 2 de julho.

A PF investigava traficantes que usavam jatinhos para transportar bilhões em cocaína para cartéis mexicanos. Na ocasião, foi preso Ronald Roland, outro piloto e dono de aviões, por suspeita de lavar dinheiro do narcotráfico, incluindo do PCC.

Procurado pela Interpol, Roland foi preso no Guarujá, litoral paulista, depois que sua esposa compartilhou a localização do casal nas redes sociais.

O avião apreendido pelo 30º DP estava no hangar da Tucson Aviação, representante no Brasil da Robinson Helicopter Company, principal fabricante de helicópteros do mundo. O hangar é o maior do aeroporto Campo de Marte.

A Tucson Aviação soma dívidas de R$ 165 milhões com a União. A companhia e seu dono, Marco Antonio Audi, devem impostos tributários e previdenciários. Já questionados pelo Metrópoles, Marco Antonio Audi e a Tucson não se manifestaram. O espaço segue aberto.

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