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PCC: polícia do litoral se mobiliza após alerta de ataques a escolas

“Salve geral” foi apreendido em cadeia da capital, onde carro de presos foi queimado. Base da PM no litoral foi alvo de atentado a tiros

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Policiais civis do Distrito Federal se reunem no cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, para prestar homenagem à Valderia da Silva Barbosa Peres, policial civil vítima de feminicídio - metrópoles
1 de 1 Policiais civis do Distrito Federal se reunem no cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, para prestar homenagem à Valderia da Silva Barbosa Peres, policial civil vítima de feminicídio - metrópoles - Foto: Breno Esaki/Metrópoles

São Paulo — Toda a Polícia Civil da Baixada Santista está em alerta para eventuais ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC), incluindo contra escolas e transporte público, após o registro de uma denúncia anônima feita no 181.

Além da Polícia Civil, como já mostrado pelo Metrópoles, o comandante da Polícia Militar do estado, coronel Cássio Araújo de Freitas, colocou as tropas da corporação em alerta, nessa terça-feira (15/10), em resposta a novos ataques sofridos por PMs na Baixada Santista. A suspeita é que eles tenham ligação com a maior facção criminosa do Brasil.

Na denúncia sobre ataques a prédios públicos e privados, obtida pela reportagem, o denunciante afirma que a morte de um criminoso, na segunda-feira (14), identificado somente como Lúcio, o Irmão Motolog da Baixada, geraria retaliação por parte do PCC.

“Falaram que [a morte] não passaria batido [sic]. A mulher do Lúcio subiu da Baixada [Santista] com outros irmão com a missão de levantar a situação […] a ordem é fechar os comércios geral, os FM [membros do PCC] já tão ciente e vão passa o salve pra frente”.

O denunciante, que reside em São Bernardo do Campo (ABC), afirma ter ouvido uma conversa sobre os eventuais ataques para vingar a morte do criminoso do litoral. “Ouvi a conversa no telefone e liguei 190, mas me orientaram a fazer o Disque Denúncia.”

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No documento também é mencionado que os possíveis ataques poderiam ocorrer na capital paulista e cidades da região metropolitana. Fontes policiais do ABC afirmaram ao Metrópoles, em sigilo, que, por conta da denúncia, “estão sempre” em alerta desde então.

Atentados

Em um comunicado interno do Departamento de Inteligência Policial, também obtido pelo Metrópoles, todas as delegacias da Baixada Santista são comunicadas sobe o risco de eventuais atentados “contra forças policiais”, de São Paulo, “além de estabelecimentos públicos e privados”.

“Em suma, segundo denunciante anônimo, foi dado um ‘salve geral do comando’ a fim de promoverem atentados contra forças policiais, escolas, comércios e meios de transporte, em razão da morte de um indivíduo na Baixada Santista [vulgo Motolog].”

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) afirmou em nota que as polícias paulistas “estão permanentemente em alerta e prontas para qualquer ação criminosa” que possa “ameaçar a segurança dos cidadãos”.

Ataques no litoral

Na segunda-feira (14/10), dois homens em uma moto se aproximaram de uma base da PM na Vila Zilda, no Guarujá, e atiraram cinco vezes em direção a dois policiais em serviço. Horas depois, policiais das Rondas com Motocicletas (Rocam) foram alvos de tiros no mesmo bairro.

Os ataques ocorrem dias após agentes penitenciários da Penitenciária de Parelheiros apreenderem com detentos ligados ao PCC um “salve geral” contra policiais penais.

Diante do cenário, policiais militares de todo o estado estão de “sobreaviso nível 2”. Com isso, eles podem tirar folga, mas precisam estar preparados para assumir seus postos de trabalho a qualquer momento.

Comandantes de batalhões de elite da Polícia Militar ouvidos pela reportagem afirmam que a medida é, por hora, preventiva.

Violência generalizada

A violência entre policiais e criminosos virou rotina no Guarujá. A situação recrudesceu após o soldado da Rota Patrick Bastos Reis, de 30 anos, ser assassinado com um tiro de pistola quando fazia patrulhamento, em julho do ano passado.

Após isso, uma série de operações de saturação resultou em dezenas de mortes. Como mostrado pelo Metrópoles, desde o homicídio de Patrick até maio deste ano, ações da PM deixaram ao menos 97 mortos no Guarujá, além de quatro PMs assassinados no período, totalizando 100 mortes provocadas pela violência generalizada.

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