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PCC: nº 2 é acusado de namorar advogada para usá-la como pombo-correio

Preso em Porto Velho (RO), Julinho Carambola, apontado como 2º na hierarquia do crime, teria dado ordem para PCC pagar mesada à advogada

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Imagem colorida de Julinho Carambola, integrante do PCC. Ele é um homem branco, de cabelo curto, e usa uniforme prisional - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de Julinho Carambola, integrante do PCC. Ele é um homem branco, de cabelo curto, e usa uniforme prisional - Metrópoles - Foto: Reprodução

São Paulo — Ofício da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) de São Paulo afirma que Júlio César Guedes de Moraes, o Julinho Carambola, apontado como segundo criminoso na hierarquia do Primeiro Comando da Capital (PCC), estaria em um relacionamento amoroso com a própria advogada para fazê-la de pombo-correio da facção.

Segundo o documento, obtido pelo Metrópoles, o chefão do PCC também teria dado ordem para que a organização criminosa banque uma mesada à advogada. O valor do suposto auxílio não é informado no relatório.

O ofício da SAP foi feito a partir de informações do setor de inteligência da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) e apresentado à Justiça paulista nessa segunda-feira (11/12).

Nele, a pasta do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) pede que Julinho Carambola permaneça por mais um ano na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia, onde está preso desde março de 2023. O prazo em unidade de segurança máxima expira em 25 de janeiro de 2024. Antes, o criminoso havia ficado quatro anos em Mossoró (RN).

“O preso teria estabelecido relacionamento afetivo com causídica [advogada] para utilizá-la na transmissão de recados escusos e, inclusive, teria ordenado pagamento de auxílio financeiro mensal à mesma causídica”, diz o documento, assinado pelo secretário Marcello Streifinger.

Cúpula do PCC

Condenado a mais de 168 anos de prisão, Julinho Carambola é acusado de fazer parte da “Sintonia Final Geral”, a alta cúpula do PCC, desde a ascensão de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, que se tornou líder máximo do grupo em 2002.

Na sua ficha criminal, constam passagens por roubo, homicídio qualificado, associação criminosa, ameaça, lesão corporal e porte ilegal de arma de fogo. É atribuído a Julinho Carambola, por exemplo, um áudio que antecipava os ataques do PCC que pararam São Paulo em maio de 2006.

O criminoso também esteve envolvido no plano de resgatar Marcola na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior paulista, em 2018. Cinco anos depois, Julinho Carambola continuaria “ativo e vinculado ao crime organizado”, de acordo com a SAP.

“No âmbito do Sistema Penitenciário Federal – SPF, informações de inteligência recentes dão conta de que o preso teria mencionado provimento de valores possivelmente relacionados a negócios ilícitos da facção criminosa”, diz a pasta.

Em parecer, a Senappen diz que Julinho Carambola tem três advogados ativos atualmente. No último ano, ele recebeu 13 visitas sociais e 29 atendimentos jurídicos no sistema penitenciário federal.

O Metrópoles procurou a advogada de Carambola no processo que trata da sua permanência na cadeia de segurança máxima, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.

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