Patrulha de barco e fuzil na janela: como foi ação que matou Danone
Chefão do PCC e dois comparsas teriam atirado contra PMs, que revidaram; até agora, 26 suspeitos foram mortos em supostos confrontos
atualizado
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São Paulo — Policiais do Comando de Operações Especiais (COE), tropa de elite da Polícia Militar paulista, realizavam patrulha em um barco, na manhã desta sexta-feira (16/2), no Guarujá, cidade do litoral sul, quando teriam avistado um homem armado com fuzil na janela de um apartamento.
Segundo documento da PM, ao qual o Metrópoles teve acesso, os policiais, então, desembarcaram e se deslocaram para o prédio, no bairro Santa Cruz dos Navegantes.
Assim que acessaram a edificação, os policiais afirmaram ter avistado um suspeito correndo para dentro de um apartamento, cuja porta teria ficado aberta. No momento em que os PMs se aproximaram do imóvel, eles afirmaram que foram recebidos a tiros por três suspeitos — um deles estaria armado com fuzil e os outros dois, com pistolas.
Entre eles estava Rodrigo Pires dos Santos, de 40 anos, o Danone. Ele é apontado como o chefão do crime organizado do Guarujá, ocupando o posto de “torre”, uma espécie de gerente do Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele e os dois comparsas, cujas identidades não foram informadas, morreram no local.
Veja vídeo de Danone atirando com fuzil
O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, comemorou o resultado da ação policial em seu perfil no Instagram.
“Integrante de organização criminosa, ele atuava no tráfico internacional de drogas e é suspeito por envolvimento em atentado contra a vida de agentes públicos. Ele era o líder do grupo que foi flagrado atirando contra uma embarcação da Receita Federal em 2015, foi indicado como um dos integrantes na morte do sargento Fukuhara no ano de 2012”, escreveu.
Ele ainda afirmou que, em novembro de 2023, após operação da Policia Civil e da Marinha, Danone conseguiu fugir. Na casa do criminoso, na qual estava a esposa de Danone, foi encontrado um fuzil, duas pistolas e drogas, completou Derrite na postagem.
26 mortos
Com a ocorrência desta sexta-feira (16/2), o número de mortes em incursões policiais na Baixada Santista chega a 26 desde 28 de janeiro, quando teve início uma nova operação de repressão à criminalidade na região. Ela foi deflagrada um dia após a morte do soldado da Rota Samuel Wesley Cosmo, baleado em uma comunidade em Santos.
Como mostrado pelo Metrópoles, a PM promoveu, em 2024, o início de ano mais sangrento da série histórica na Baixada Santista.