Parlamentares contestam estadia de Bolsonaro no Palácio, em SP
Jair Bolsonaro se hospedou no Palácio dos Bandeirantes; oposição cita uso de patrimônio público para fins pessoais e político-partidários
atualizado
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São Paulo — Parlamentares do PSol encaminharam ofício ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) pedindo providências para questionar os custos e finalidades da estadia de Jair Bolsonaro (PL) e Michelle Bolsonaro (PL) no Palácio dos Bandeirantes. O ex-presidente e a ex-primeira-dama ficaram hospedados na sede do Governo de São Paulo entre sábado (24/2) e este domingo (25/2).
O documento é assinado pela deputada federal Luciene Cavalcante (PSol), pelo deputado estadual Carlos Giannazi (PSol) e pelo vereador Celso Giannazi (PSol). Segundo eles, o Palácio dos Bandeirantes serviu para a realização de reunião com aliados e para acertar os últimos
detalhes do ato bolsonarista deste domingo na Avenida Paulista, em São Paulo.
Eles acusam Tarcísio de Freitas (Republicanos) de violação da impessoalidade, da imparcialidade da gestão pública, “ferindo a moralidade administrativa e se utilizando de patrimônio público para fins pessoais e político-partidários”.
Durante seus discursos no evento, tanto Jair quanto Michelle Bolsonaro agradeceram e elogiaram o governador de São Paulo. A ex-primeira-dama citou que Tarcísio “abriu as portas da casa” para o casal.
Antes de comparecer à manifestação na Avenida Paulista, Jair Bolsonaro almoçou com Tarcísio e os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) e de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), no Palácio dos Bandeirantes.
O ofício enviado ao MPSP, além de citar que “a residência oficial que existe no seu interior [do Palácio dos Bandeirantes] não é hotel”, diz que “nada justifica que o governador hospede, com dinheiro público e em um prédio com finalidade pública – pois é a sede do executivo paulista – uma pessoa que não exerce nenhum cargo público, está inelegível por inúmeras irregularidades praticadas no processo eleitoral e, ainda, responde a vários processos judiciais”.
O Metrópoles entrou em contato com a assessoria de comunicação do governo de São Paulo e, até o momento da publicação desta reportagem, não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestação.