Parcelas de R$ 100 mil: empresário devolve Pix errado em prestações
Pequeno empresário de Santos recebeu R$ 690 mil por engano; após achar que era golpe, devolveu o dinheiro em oito parcelas: “Coisa certa”
atualizado
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São Paulo — Um pequeno empresário de Santos, no litoral paulista, recebeu um Pix por engano no valor de R$ 690 mil, no final de outubro. Após ficar “desesperado” por acreditar se tratar de um golpe, ele procurou a agência bancária para devolver o dinheiro ao dono.
Por causa do alto valor, ele só conseguir fazer a transferência de volta em oito parcelas: seis de R$ 100 mil, uma de R$ 89 mil e outra de R$ 1 mil. A devolução foi concluída nessa quinta-feira (16/11).
Lealdo dos Santos Souza, de 38 anos, é natural de Sergipe e chegou à cidade paulista em 2005, em busca de uma vida melhor. Ele contou ao Metrópoles que, após passar dificuldades e morar em cortiços, conseguiu juntar dinheiro até abrir a própria loja, em 2011, de ar condicionado automotivo.
“Pensei que era golpe”
Apesar de lidar com transferências bancárias pelos serviços prestados por sua empresa, Lealdo não esperava por um valor tão alto. “Na hora pensei que fosse algum golpe, um sequestro, que colocaram em uma conta errada. Só [imaginei] o pior”, disse.
“Muitas pessoas me sugeriram que eu ficasse com dinheiro, que era meu, mas meu coração falou que não era, que eu tinha que procurar o dono. Não dá para ficar com o que não é nosso. Sei que passamos por momentos difíceis, mas temos que fazer a coisa certa”.
Lealdo esperou por 24 horas para ver se alguém o procurava. Como não houve qualquer contato, ele foi até a agência bancária responsável pela transferência para reportar a ocorrência.
Dinheiro era para apartamento
O empresário descobriu que o destino real do montante era para uma compra de apartamento. O dono do dinheiro fez a transferência dentro de um cartório com a gerente do banco dele na linha.
Assim que Lealdo conversou com a gerente do banco, o dono da transferência foi contatado e apareceu em seguida para resolver o problema. Lealdo conta que ele também estava “desesperado”.
O empresário acredita que a confusão pode ter acontecido porque ele já havia feito um serviço automotivo para o autor da transferência, e seu nome constava na lista de contatos.