Paraquedista morto: equipamento não falhou no salto, diz delegado
Perícia no equipamento de Humberto Siqueira, que morreu na quarta-feira (11/10), apontou que tudo estava “em perfeita ordem”, diz polícia
atualizado
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São Paulo — A perícia realizada pela Confederação Brasileira de Paraquedismo (CBPq) apontou que não houve falha no equipamento do paraquedista e empresário goiano Humberto Siqueira Nogueira, de 49 anos, que morreu após um salto em Boituva, no interior de São Paulo, na última quarta-feira (11/10).
Segundo o delegado Carlos Antônio Antunes, responsável pelo caso, o equipamento de Humberto foi avaliado por paraquedistas credenciados da CBPq e estava “em perfeita ordem”.
“Informações preliminares dão conta que o equipamento está em perfeita ordem, não demonstrando defeitos ou avarias que pudessem ter provocado o acidente”, disse o delegado ao Metrópoles.
Erro do paraquedista
Em relação à hipótese de que a morte foi causada por algum erro de Humberto, o delegado afirma que ainda faltam mais informações, como os depoimentos de possíveis testemunhas e análise de vídeos fornecidos pelo Centro Nacional de Paraquedismo no local do acidente.
“Estamos aguardando o Centro Nacional nos fornecer os nomes de algumas pessoas que, porventura, tenham presenciado o pouso e as manobras feitas por Humberto”, disse.
O delegado ressaltou que Humberto era um atleta “muito experiente”. De acordo com o CBPq, o paraquedista era filiado desde 2012 pela Federação Goiana de Paraquedismo, e sua licença tinha prazo de validade até 2024.
Em 2015, o atleta avançou para a categoria D, destinada a paraquedistas que realizaram no mínimo 500 saltos em queda livre. Humberto já teria mais de mil saltos registrados. Ele tinha habilitação até para se tornar instrutor de saltos.
Acidente
Segundo informações do Corpo de Bombeiros, Humberto Siqueira Nogueira foi socorrido e levado para um hospital da cidade, mas não resistiu. Ele teve uma parada cardiorrespiratória. A causa do acidente está sendo investigada.
Humberto foi sepultado no cemitério Jardim das Palmeiras, em Goiânia, na manhã da última sexta-feira (13).
O acidente foi o segundo caso de morte envolvendo paraquedistas em Boituva este ano. No dia 1º de julho, um homem de 44 anos morreu após sofrer um acidente no Centro Nacional de Paraquedismo.