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Palmeirense morta: perícia 3D reforça acusação contra flamenguista

Palmeirense Gabriela Anelli, 23 anos, morreu após ser atingida por uma garrafa no pescoço; flamenguista acusado do crime está preso

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Imagem colorida da torcedora do Palmeiras Gabriela Anelli Marchiano; ela sorri em foto usando a camiseta do time na cor amarelo marca texto- Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida da torcedora do Palmeiras Gabriela Anelli Marchiano; ela sorri em foto usando a camiseta do time na cor amarelo marca texto- Metrópoles - Foto: Reprodução

São Paulo – O Instituto de Criminalística (IC) concluiu a perícia 3D que reforça a acusação contra o flamenguista Jonathan Messias Santos da Silva, de 34 anos, denunciado por atirar a garrafa que matou a palmeirense Gabriela Anelli Marchiano, 23, em julho de 2023.

Na perícia 3D, à qual o Metrópoles teve acesso, os investigadores usaram frames de vídeos e imagens escaneadas do entorno do estádio para refazer a dinâmica do caso (veja abaixo). A análise foi incluída na investigação em dezembro e aponta o flamenguista como o possível responsável pela morte da palmeirense.

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Torcedora Gabriela Anelli Marchiano, morta após briga de torcidas em SP

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Morador do Rio de Janeiro, Jonathan está preso preventivamente em São Paulo e alega inocência. A defesa do flamenguista também apresentou uma perícia, feita por um profissional que presta serviço privado, que contesta a investigação e as evidências apresentadas pela polícia.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) já aceitou denúncia contra Jonathan e o processo está na fase de instrução. Em audiência, realizada em 18 de dezembro, já após a entrega das perícias, o flamenguista optou por ficar em silêncio.

Em memoriais, o Ministério Público (MPSP) e o auxiliar de acusação pediram que o flamenguista seja levado a júri popular. A defesa ainda não se pronunciou nos autos.

Reconstituição

No documento, os investigadores afirmam que as imagens da perícia 3D “robustecem a possibilidade já mencionada” de que foi Jonathan quem lançou a garrafa que atingiu o pescoço de Gabriela e feriu um amigo dela.

Segundo o laudo, o objeto foi atirado pelo flamenguista a uma distância aproximada de 3,15 metros do portão, que estava com um vão de 70 centímetros, em direção à abertura das chapas metálicas.

Os peritos afirmam que a garrafa atirada por Jonathas teria provocado um “estampido” e passado para o lado da torcida do Palmeiras, sendo “seguido por um som de estilhaços”.

Naquele momento, havia guardas civis e torcedores dos dois times no local. “Jonathan Messias Santos da Silva se encontrava em um ambiente propício para a visualização de diversas pessoas à sua frente, seja pelo lado da torcida do Flamengo, seja pelo lado da torcida do Palmeiras”, diz a perícia.

Perícia 3D

Os investigadores também ponderam que a perícia “deve ser confrontada com as interpretações médico-legais e, não menos importante, com aquelas advindas da investigação policial”.

O escaneamento do estádio foi feito em dez estações, com ajuda de um aparelho chamado Trimble Scanner X7, que tem tecnologia a laser. Um drone também foi usado para capturar imagens.

“Cada escaneamento gerou uma nuvem de pontos que, sincronizados, formaram um cenário tridimensional da área de interesse”, explicam os peritos, no laudo.

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Entrada de flamenguista em estádio foi registrada por sistema de identificação facial do Palmeiras
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Entrada de flamenguista em estádio foi registrada por sistema de identificação facial do Palmeiras

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Defesa

Já a perícia da defesa do flamenguista, feita com base em imagens da ocorrência, contesta a versão apresentada na investigação. A análise foi concluída em agosto.

No documento, o perito privado confirma que Jonathan, de fato, chega a atirar uma garrafa, mas diz que “não existem elementos técnicos” que “determinem de forma inquestionável a autoria das lesões produzidas nas vítimas”.

Segundo a análise da defesa, Jonathan aparece inicialmente “tentando evitar um confronto entre torcedores” e chega a puxar dois flamenguistas da confusão. “Objetos arremessados como projéteis foram com maior intensidade por parte da torcida do Palmeiras dos quais muitos caíram perto ou atingiram Jonathan”, diz.

“Ao momento de Jonathan arremessar a garrafa em direção à torcida do Palmeiras outros dois impactos foram visualizados no portão pelo lado do Palmeiras”, segue a análise. “Não é possível constatar o momento exato e local onde a garrafa arremessada por Jonathan quebrou uma vez que a sequência de sons de portão e estampido não comprovam ser da garrafa jogada pelo réu”.

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