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Palmeiras: treinador da base é sequestrado após cair no golpe do amor

Ricardo Pabon acreditava que iria se encontrar pela terceira vez com uma mulher, identificada como Anny Oliveira, na zona leste da cidade

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São Paulo – O treinador da base do Palmeiras Ricardo Pabon, de 52 anos, foi sequestrado após cair no “golpe do amor“, na noite dessa quinta-feira (9/11). Ele tinha ido se encontrar com uma mulher, identificada como Anny Oliveira, em Itaquera, zona leste da capital paulista, quando foi rendido por uma quadrilha.

Segundo relatado por Ricardo à polícia, este seria o terceiro encontro dele com a mulher. Eles já tinham se encontrado duas vezes em locais públicos: um passeio em um shopping e um jantar em uma steakhouse, sempre na zona leste.

Nessa quinta-feira, por volta das 19h20, Ricardo pegou um carro de aplicativo na Barra Funda, zona oeste, perto do reduto do Palmeiras na capital paulista. O destino era o bairro de Cidade Tiradentes, na zona leste, onde pretendia buscar a suspeita.

Durante o trajeto, que durou cerca 1h20, Ricardo conversou com o motorista. Ele falou sobre seu trabalho como treinador da base do Verdão. Ao chegarem ao destino, o técnico desembarcou, acendeu um cigarro e pediu para o motorista aguardar a chegada de Anny.

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Técnico acreditava que iria para o terceiro encontro com mulher que conheceu em app de namoro
Pabon ficou cerca de três horas na mão dos bandidos
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Pabon é técnico da categoria de base sub-17 do Palmeiras

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Técnico acreditava que iria para o terceiro encontro com mulher que conheceu em app de namoro

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Pabon ficou cerca de três horas na mão dos bandidos

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Cerca de dez minutos depois, segundo relatado à polícia pelo motorista, ele e o treinador foram abordados por pelo menos oito criminosos, que chegaram ocupando dois carros.

Vítimas separadas

O motorista de aplicativo foi colocado no banco traseiro de seu veículo, e ficou sob ameaça de três homens. Já Ricardo foi levado para outro carro, no qual estavam cinco bandidos.

Somente os criminosos que dirigiam ambos os carros não cobriam o rosto com capuzes, relataram as vítimas à Polícia Civil. Para manusear os celulares do técnico e do motorista e não deixar impressões digitais, os bandidos usaram luvas e realizaram transferências bancárias e empréstimos.

Após cerca de uma hora, o motorista de app, um homem de 52 anos, foi liberado pelos bandidos perto do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Ele deixou o local em seu próprio carro.

Antes disso, ele afirmou à polícia que um dos bandidos lhe disse: “Mano, é o seguinte: o nosso lance não é com você, não. Nós sabemos que você é o motorista e o lance era com o passageiro. Tu vai pegar o seu carro e vai vazar daqui. Não vai em delegacia, nem em canto nenhum, senão a gente vai ferrar contigo.”

Os bandidos roubaram os dois celulares do motorista, uma câmera que ele usava no painel do veículo, além de R$ 250 em dinheiro. O valor das transações feitas pelos criminosos não foi informado.

Rosto coberto com capuz

O treinador da base do Palmeiras permaneceu cerca de três horas em poder dos criminosos.

Durante esse período, amigos estranharam sua ausência e telefonaram para ele. Os bandidos, nessas ocasiões, o orientaram a atender aos telefonemas e afirmar que “estava tudo bem”, e para a vítima acrescentar que estava no shopping Itaquera. Ricardo permaneceu o tempo todo com a cabeça coberta por um capuz, para não identificar os ladrões.

Quando ele foi liberado, um suposto carro de aplicativo o aguardava, chamado pelos bandidos. O motorista o levou até o hotel onde estava hospedado, na Barra Funda. Os bandidos levaram o celular do técnico e seus cartões bancários. Os valores movimentados pela quadrilha não foram informados.

Ricardo afirmou à polícia ter conhecido Anny Oliveira em um aplicativo de namoro, há cerca de três semanas. No terceiro encontro, ele disse acreditar que iria se encontrar com a jovem na casa dela.

A polícia investiga a relação de Anny com os criminosos. Até a publicação desta reportagem, ninguém havia sido preso.

 

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