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Pai do “Maníaco do Parque Toronto” ficou chocado com ataques do filho

Pai questionou a prisão do “Maníaco do Parque”. Mas à medida que o jovem contava como agia, com riqueza de detalhes, passou a acreditar

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Reprodução/PCSP
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1 de 1 maníaco do parque-polícia-SP-8 - Foto: Reprodução/PCSP

São Paulo – O pai do “Maníaco do Parque” ficou chocado ao descobrir que o filho atacava mulheres no Parque Toronto, na zona norte da capital paulista. O tarado de apenas 18 anos foi preso nessa quarta-feira (28/6).

Segundo contou a delegada Patrícia Vaiano Mauad, titular da 9ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), o pai chegou à unidade policial questionando a prisão do rapaz. Mas à medida que o jovem  contava como agia, com riqueza de detalhes, a ficha do homem caiu.

Ele perseguia as vítimas, dava tapas, chineladas, apertões, mordidas e beijos, sempre na região das nádegas, ou tentava beijá-las à força, causando lesões corporais.

A força usada por ele fez com que as marcas ficassem por 15 dias em uma das vítimas. Outra, segundo a polícia, ficou quatro dias sem conseguir andar. Há o caso de uma vítima que passou a desenvolver crises de pânico.

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Suspeito foi preso pela Polícia Civil
Maníaco atacava mulheres que faziam exercícios
Ele seguia as vítimas por um longo período
Maníaco tem 18 anos
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Maníaco dava chineladas e tapas nas nádegas das vítimas

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Suspeito foi preso pela Polícia Civil

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Maníaco atacava mulheres que faziam exercícios

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Ele seguia as vítimas por um longo período

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Maníaco tem 18 anos

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Parque Cidade de Toronto, em Pirituba, São Paulo

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Parque Cidade de Toronto, em Pirituba, São Paulo

FourSquare/Divulgação
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Parque Cidade de Toronto, em Pirituba, São Paulo

Divulgação/Prefeitura de São Paulo

 

A família, segundo apurado pela reportagem, é bem estruturada. O rapaz é o filho mais velho, de três, e mora com os pais em uma casa de classe média.

Segundo seu depoimento, ele ia quase que diariamente ao parque, do qual mora perto, e dizia aos pais que faria caminhadas. O nome dele não foi divulgado para preservar os familiares e não comprometer a investigação.

Terror e troca de informações

Os ataques quase que diários a mulheres que frequentavam o Parque Toronto fizeram vítimas e moradores da região de Pirituba criarem uma rede de informações em grupos de WhatsApp e no Facebook para tentar identificar e ajudar na prisão do “Maníaco do Parque”.

O clima de medo e terror fez com que algumas mulheres deixassem de frequentar o local, mudando inclusive suas rotinas, com medo de encontrar o criminoso durante a prática de atividades físicas.

Nas mensagens, foi cogitado, segundo apurado pelo Metrópoles, em se fazer justiça com as próprias mãos, já que as investidas do tarado começaram em janeiro.

“Mostrou quem era”

Assim que chegou à delegacia, o “Maníaco do Parque” demonstrou aparente quietude e suposta inocência, de acordo com a delegada Patrícia Vaiano Mauad. Conforme foi sendo interrogado, porém, “mostrou quem era” e confessou os ataques.

“Sabia o dia que atacou cada menina e a forma. Ele tem isso gravado na memória. Fiquei bem impressionada com isso”, afirmou a policial ao Metrópoles, nesta quinta (29).

Veja o vídeo produzido pela Polícia Civil:

 

Após confessar os ataques, o rapaz acrescentou à polícia estar arrependido. Ele chegou a sugerir que gostaria de se desculpar com as vítimas.

“Os ataques ocorriam entre 18h e 21h, segundo os boletins de ocorrência registrados. Ele não tem um perfil de vítima. Ele olhava, se interessava e seguia. Não importava com quem fosse”, acrescentou a delegada.

Motivação

Ainda em seu depoimento, o maníaco afirmou à polícia que atacava as mulheres pelo fato de “não se controlar” ao vê-las. Resultado, segundo ele, do consumo compulsivo de conteúdo pornográfico.

“A satisfação e adrenalina que ele sentia na fuga o deixava saciado e o motivava a voltar. Ele estava indo praticamente todos os dias [ao parque]”, afirmou a delegada titular.

Pelo fato de agredir as vítimas, a polícia conseguiu convencer a Justiça a decretar a prisão temporária de 30 dias do rapaz, que foi indiciado por seis crimes. Outras quatro vítimas, já identificadas, se negam ir à delegacia para prestar depoimento.

A polícia pede para que pessoas que sofreram ataques no parque procurem a 9ª DDM. Quanto mais vítimas o reconhecerem, mais robustez terá o inquérito instaurado contra o maníaco: “Isso é importante para tirar ele da rua.”

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