Padre responsável por mosaicos em Aparecida é expulso após denúncia de abusos
Padre responsável por mosaicos da Basílica de Aparecida (SP) é investigado por abusos sexuais, foi demitido por jesuítas e não recorreu
atualizado
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São Paulo — O padre jesuíta responsável pela execução dos mosaicos da Basílica de Aparecida, no interior de São Paulo, foi demitido e, agora, o Santuário Nacional espera por definições da Igreja da Católica para saber como dará sequência ao trabalho artístico.
No dia 9 de junho, o padre Marko Ivan Rupnik, que é investigado por abusos sexuais cometidos ao longo dos últimos anos, foi demitido da Companhia de Jesus. “Isso foi feito de acordo com a lei canônica. Decorrido o prazo da possibilidade de recorrer, afirmamos que Marko Rupnik não é mais um religioso jesuíta”, afirmou a companhia, em nota, nesta segunda-feira (24/7).
Questionado, o Santuário Nacional afirmou que as obras de revestimento da Basílica de Aparecida são uma concepção e execução de mosaicistas do Centro Aletti. “Como o padre é membro desta instituição, o Santuário Nacional acompanha com atenção o caso e aguarda orientações da Igreja para suas definições”, afirma, em nota.
Rupnik é o responsável artístico por quatro mosaicos que retratam uma jornada bíblica, em mais de 15 mil metros quadrados de revestimento do lado de fora da basílica.
Em março do ano passado, um dos mosaicos, com 4 mil metros quadrados, foi entregue revestindo a entrada norte e contando passagens do Êxodo. Os demais ainda não foram finalizados.
A defesa do padre Rupnik não foi encontrada para se manifestar sobre a demissão. O espaço segue aberto para a manifestação.