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Padre Júlio liga para Nunes e aliados desistem de CPI após repercussão

Proposta de instalação de CPI deve ser analisada pela Câmara a partir de fevereiro, mas parte dos vereadores da base já retiraram assinatura

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Imagem colorida mostra montagem com as fotos do padre Júlio e o prefeito Ricardo Nunes
1 de 1 Imagem colorida mostra montagem com as fotos do padre Júlio e o prefeito Ricardo Nunes - Foto: Reprodução

São Paulo — O padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo de Rua, e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), conversaram por telefone na noite desta quarta-feira (3/1), após a divulgação da proposta de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigá-lo na Câmara Municipal da cidade. Nesta quinta (4/1), a repercussão em torno do tema fez com que parte da base do prefeito desistisse de apoiar a criação da comissão.

O prefeito afirma que o requerimento que circulou entre os vereadores não fez nenhuma menção ao padre. O pedido era para a instalação de uma CPI para investigar “as Organizações Não Governamentais (ONGs) que fornecem alimentos, utensílios para uso de substâncias ilícitas e tratamento aos grupos de usuários que frequentam a região da Cracolândia”.

Nunes já criticou a ação de entidades como a organização Craco Resiste, que promove ações assistenciais aos dependentes químicos do fluxo, e propõe medidas mais duras para parte dos usuários, como a internação compulsória. Mas ressalta que o requerimento não mirava as ações do padre católico. Ele ressaltou esse ponto na conversa com o padre.

Ligado à Igreja Católica e próximo do cardeal de São Paulo, dom Odilo Scherer, Nunes também conversou com outros integrantes da igreja, que queriam saber mais sobre a investigação, nesta quinta-feira. A Arquidiocese de São Paulo divulgou uma nota em que informou acompanhar o caso “com perplexidade”.

A proposta de criação da CPI é de autoria do vereador Rubinho Nunes (União), ex-integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), e circulou entre os demais vereadores nos últimos dias de dezembro, antes do início do recesso parlamentar.

Para ser instalada, a comissão precisava de 19 assinaturas. Rubinho colheu 23, mas parte dos parlamentares argumenta que assinou o pedido sem saber que o padre Júlio seria alvo da ação, uma vez que não havia nenhuma citação a ele no pedido.

Nesta quinta, o vereador Xexéu Tripoli (PSDB), um dos vereadores que assinou o pedido, informou ao Metrópoles que sua assessoria irá protocolar um requerimento para tornar a assinatura sem efeito. Os parlamentares Thammy Miranda (PL), Sandra Tadeu (PSDB) e Sidney Cruz (Solidariedade) informaram o mesmo.

Líder de Nunes na Câmara, Fabio Riva (PSDB) afirmou que não há nenhum acordo na Casa para que a CPI seja instaurada.

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