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Padre indiciado nega participação em reunião sobre golpe de Estado

De acordo com investigação da Polícia Federal, José Eduardo de Oliveira e Silva atuou em plano golpista para impedir posse de Lula

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Padre indiciado por golpe de Estado José Eduardo de Oliveira e Silva - Metrópoles
1 de 1 Padre indiciado por golpe de Estado José Eduardo de Oliveira e Silva - Metrópoles - Foto: @pejoseduardo/Instagram/Reprodução

São Paulo — Indiciado pela Polícia Federal (PF), o padre José Eduardo de Oliveira e Silva, de 43 anos, nega ter participado de reunião em 2022 para tratar de um golpe de Estado. Procurado pelo Metrópoles, por meio de representante jurídico, o religioso garante que não conhece “quase ninguém” dos envolvidos no episódio de 8 de janeiro de 2023.

O clérigo foi uma das 37 pessoas listadas, com Jair Bolsonaro (PL) incluso, no inquérito que apura uma tentativa de evitar a posse do presidente Lula no atual mandato. Em fevereiro deste ano, o pároco de Osasco, na Grande São Paulo, foi alvo de operação deflagrada para cumprir mandados de busca e apreensão.

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Segundo a PF, o religioso participou de reunião em 2022 para tratar do golpe. Ele nega
 José Eduardo de Oliveira e Silva é pároco em Osasco
Foto postada pelo padre José Eduardo de Oliveira e Silva no dia da votação do 1º turno das eleições de 2022
Imagem publicada pelo padre José Eduardo de Oliveira e Silva rezando sobre o altar da igreja
Padre José Eduardo de Oliveira e Silva ao lado do prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB)
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O padre José Eduardo de Oliveira e Silva foi alvo de operação da Polícia Federal contra plano golpista

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Segundo a PF, o religioso participou de reunião em 2022 para tratar do golpe. Ele nega

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José Eduardo de Oliveira e Silva é pároco em Osasco

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Padre José Eduardo de Oliveira e Silva ao lado do prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB)

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O que diz a defesa de José Eduardo

Representante de José Eduardo, o advogado Miguel Vidigal disse que o padre vai a Brasília periodicamente, desde 2013, para prestar “atendimentos espirituais” a diversas pessoas que o chamam. “Já fez para políticos de várias colorações políticas”, assegura.

“Nunca foi a qualquer acampamento, não conhece quase ninguém dos envolvidos neste inquérito. É tudo muito surreal”, reclama Vidigal. “É um absurdo que, dentro de um Estado de Direito, o sigilo processual seja rompido de forma tão escancarada e todo mundo ache normal.”

Neste mês, José Eduardo lamentou a intimação da Polícia Federal para prestar depoimento. Em relação ao inquérito, o investigado vê a divulgação da lista de indiciados como um “abuso”. “São os mesmos investigadores que não se furtaram em romper a Lei e tratado internacional ao vasculhar conversas e direções espirituais realizadas pelo padre que possuem garantia de sigilo”, alega a equipe de defesa.

Quem é o padre indiciado por tentativa de golpe de Estado

Atualmente, José Eduardo está proibido de manter contato com os demais investigados e de deixar o país. Influenciador digital, o religioso tem cerca de 425 mil seguidores no Instagram. Nas eleições presidenciais, ele posicionou uma bandeira do Brasil no altar da Paróquia São Domingos, em Osasco. Além disso, o pároco fez publicações antifeministas, fundou a escola Maria Mater e vende cursos.

Nas redes sociais, o religioso publicou uma imagem de uma bandeira do Brasil cobrindo o altar da paróquia, em 2 de outubro de 2022, dia da votação do primeiro turno das eleições presidenciais. Já em 8 de janeiro, dia da tentativa de golpe em Brasília, ele contou nas redes sociais a história bíblica de Absalão, filho do rei Davi que morreu em uma rebelião contra o próprio pai.

A investigação

Na decisão que autorizou a operação de busca e apreensão, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que o clérigo integrava o “núcleo jurídico” do suposto grupo golpista.

“Como apontado pela autoridade policial, José Eduardo possui um site com seu nome no qual foi possível verificar diversos vínculos com pessoas e empresas já investigados em inquéritos correlacionados à produção e divulgação de notícias falsas’”, diz a decisão de Moraes.

De acordo com a PF, o padre integrou uma reunião no dia 19 de novembro de 2022, no Palácio do Planalto, para tratar do plano golpista. Ao Metrópoles, nesta quinta-feira (21/11), a defesa de José Eduardo negou a participação do cliente.

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