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Padre é condenado a 1 ano de prisão por injúria racial em pizzaria

Segundo o garçom de uma pizzaria em Jacareí, padre recusou comida por seis vezes e disse que não queria ser servido por “aquele pretinho”

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Imagem colorida mostra o padre Wendel Ribeiro, um homem branco com barba grisalha vestido com batina vermelha - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra o padre Wendel Ribeiro, um homem branco com barba grisalha vestido com batina vermelha - Metrópoles - Foto: Arquivo pessoal

São Paulo – O padre Wendel Ribeiro, da Diocese de São José dos Campos, foi condenado nessa segunda-feira (8/1) a um ano de prisão, em regime aberto, por injúria racial contra um garçom em uma pizzaria da cidade de Jacareí, no interior de São Paulo.

A pena foi substituída por prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas. A decisão foi em primeira instância e ainda cabe recurso.

No dia 18 de julho de 2021, o garçom, atualmente com 64 anos, registrou um boletim de ocorrência contra o padre de 49 anos afirmando que foi alvo de xingamentos racistas em uma pizzaria.

Segundo o garçom, o padre sentou em uma mesa no salão principal e quando ele se aproximou para servi-lo, o cliente permaneceu de cabeça abaixada e se recusou a aceitar a pizza. Ainda de acordo com o relato, a cena se repetiu por seis vezes e em todas houve recusa.

O cliente foi até o balcão e foi questionado por outro funcionário sobre o motivo das recusas, e, segundo o boletim, ele disse que não queria ser servido por aquele “pretinho” e em seguida apontou para o garçom. De acordo com o funcionário, não foi a primeira vez que ele destratou trabalhadores na pizzaria.

Na sentença, o juiz Marcos Augusto Barbosa dos Reis considerou que o garçom ofendido foi humilhado e que o padre ofendeu a dignidade da vítima.

“O acusado, por meio de sua lastimável e desprezível conduta, ofendeu a ‘dignidade da vítima afrodescendente em razão de sua raça e cor’, humilhando-o. E realmente ele não dispensaria esse tratamento ‘a outro grupo em razão da cor e etnia’”, disse.

A defesa do padre Wendel Ribeiro e a Diocese de São José dos Campos não se manifestaram até o momento. O espaço segue aberto.

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