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Paciente que morreu após peeling não fez exames prévios, diz BO

Segundo companheiro de Henrique Chagas, única etapa preparatória para peeling de fenol foi aplicação de cremes; influenciadora é procurada

atualizado

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Imagem em preto e branco mostra Henrique da Silva Chagas, homem branco de cabelo escuro e bigode - Metrópoles
1 de 1 Imagem em preto e branco mostra Henrique da Silva Chagas, homem branco de cabelo escuro e bigode - Metrópoles - Foto: Reprodução/Redes sociais

São Paulo — O jovem Henrique da Silva Chagas, que morreu após um procedimento estético de “peeling de fenol” nessa segunda-feira (3/5), não teria sido submetido a exames prévios, de acordo com informações prestadas pelo companheiro dele à polícia. Henrique passou mal ainda na clínica da esteticista e influenciadora Natalia Becker, que não é médica.

Após a morte, ela fugiu e é procurada pela Polícia Civil.

De acordo com o Conselho Regional de Medicina e a Sociedade Brasileira de Dermatologia, é necessário ter um registro profissional de medicina para realizar o peeling de fenol. O procedimento, considerado agressivo, consiste em uma esfoliação do rosto usando um composto químico, com o objetivo de atingir as camadas mais profundas da pele e estimular a produção de colágeno para promover um “rejuvenescimento”.

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Antes de realizar o peeling de fenol, é necessário fazer uma série de exames cardiológicos no paciente, já que a substância pode provocar arritmia. Além disso, durante o procedimento, é necessário monitorar o movimento cardíaco, para verificar se há alterações.

O companheiro de Henrique disse à polícia que a única etapa preparatória para o procedimento foi a aplicação de cremes no rosto.

“Quando ouvimos o companheiro do Henrique, ele disse que o marido não fez nenhum tipo de exame para saber se tinha algum problema cardíaco ou renal, nem interno, nem externo. O preparo foi simplesmente passar alguns cremes no rosto. Só isso”, disse o delegado Eduardo Luis Ferreira ao Metrópoles.

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“Estamos diante de um crime de homicídio. O fato é que alguém causou a morte de outra pessoa. É uma conduta grave. Constatamos que essa profissional, que esse procedimento realizado por ela, uma esteticista, não poderia ser executado numa clínica de estética, e sim num centro cirúrgico, ou numa clínica dermatológica com os equipamentos adequados, coisa que a clínica dela não tem”, complementa.

Fuga do flagrante

Para a equipe de investigação, a suspeita é que Natalia Becker tenha fugido da clínica estética para evitar uma prisão em flagrante. Após a morte de Henrique, o marido de Natalia, que é sócio dela na clínica estética, e funcionários do estabelecimento, informaram aos policiais militares que atuaram na ocorrência que a esteticista teria se dirigido a um hospital da região.

“O marido dela indicou o hospital para onde ela teria sido socorrida. Mas nós estivemos no hospital e no posto de saúde e não localizamos nenhuma ficha de atendimento dessa pessoa”, disse o delegado ao Metrópoles.

“Desde ontem nós estamos atrás de localizá-la. Essa informação de que ela teria passado mal e ido para hospitais parece não ser verdade. Mesmo porque não a localizamos nesses locais indicados. Isso nos leva a crer que ela se furtou a uma provável prisão em flagrante. Assim que o jovem morreu, ela já teria saído do local, deixando o jovem morto. Isso configura o fato de ter fugido de uma prisão em flagrante”, complementa.

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