Pacaembu só será 100% finalizado no início de 2025, diz concessionária
Parte dos itens obrigatórios devem ser entregues em junho de 2024, segundo concessionária; totalidade do projeto do Pacaembu ficou para 2025
atualizado
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São Paulo – A Allegra, concessionária que assumiu a gestão do Estádio do Pacaembu, agora Mercado Livre Arena Pacaembu, apresentou nesta terça-feira (30/4) um novo cronograma de obras do complexo esportivo na zona oeste de São Paulo. Segundo o diretor executivo da empresa, Rafael Carvalho, “o objetivo da concessionária é que no início do ano que vem o Pacaembu esteja 100% operacional”.
Carvalho confirmou que o estádio será reinaugurado no dia 29 de junho de 2024, quando devem ser reabertos para o público os encargos obrigatórios previstos no contrato de concessão, ou seja, o estádio, o centro de tênis, e a piscina olímpica.
Além deles, o ginásio poliesportivo, que também está na lista de itens obrigatórios, deverá ser reaberto no mês seguinte, em agosto.
O novo cronograma foi apresentado durante uma mesa técnica convocada pelo Tribunal de Contas do Município (TCM) após as condições de infraestrutura do estádio terem levado ao cancelamento do show do cantor Roberto Carlos no dia 19 de abril.
Além do diretor da Allegra, a reunião teve presença de representantes do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e do Corpo de Bombeiros.
A apresentação de Roberto Carlos no estádio foi cancelada após um impasse entre a Allegra e o Corpo de Bombeiros. Enquanto a concessionária defendia a viabilidade do evento, os bombeiros apontaram a falta de medidas de prevenção contra incêndios. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) ameaçou a interditar o estádio caso o evento prosseguisse.
Andamento das obras
Durante a reunião no TCM, o diretor da Allegra informou que as arquibancadas e o campo estarão prontos para a reinauguração do estádio de futebol em 27 de junho. No entanto, outras partes, como o prédio multifuncional, só estarão concluídas em outubro de 2024.
Já o complexo como um todo só estará totalmente disponível para operações no primeiro semestre de 2025.
Segundo o executivo, os atrasos ocorreram devido a “vícios ocultos” que existiam no local, sobretudo no ginásio poliesportivo. Carvalho mencionou que, após o início das obras, foram encontrados diversos problemas que não poderiam ter sido identificados por uma inspeção visual, o que impactou no cronograma.
Além disso, o diretor explicou que as obras da piscina do estádio foram afetadas pela guerra em Israel, que causou atrasos na entrega da manta utilizada nos azulejos, de fabricação israelense.
A empresa assumiu o contrato de manutenção, gestão e operação da agora Mercado Livre Arena Pacaembu em 25 de janeiro de 2020 e iniciou as obras de reforma em junho de 2021.