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Ouvidor da polícia apura denúncias em operação que matou 19 no litoral

Ouvidor das polícias foi a Santos colher informações sobre operação da PM que já resultou em 19 mortes no litoral; 3 policiais foram mortos

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Em foto colorida policial militar (PM) de costas, na qual aparece a palavra Rota sobre o colete, com viaturas de fundo durante operação de combate à violência - Metrópoles
1 de 1 Em foto colorida policial militar (PM) de costas, na qual aparece a palavra Rota sobre o colete, com viaturas de fundo durante operação de combate à violência - Metrópoles - Foto: Divulgação/Rota

São Paulo — O ouvidor das polícias de São Paulo, Cláudio Aparecido da Silva, visitou a Baixada Santista, no litoral paulista, nesse domingo (11/2), para colher informações sobre a atuação dos policiais na Operação Escudo, deflagrada após o assassinato de um PM, no fim de janeiro, e que já resultou em ao menos 19 suspeitos mortos em supostos confrontos com a polícia.

Segundo a Ouvidoria da Polícia, o órgão tem recebido denúncias através de moradores e de grupos em redes sociais, com vídeos, fotos e áudios, que mostram um “um recrudescimento assimétrico da violência nos últimos quatro dias” na Baixada Santista. “Nós temos denúncias de que pessoas inocentes têm morrido e estão sendo registradas como confronto”, afirmou o ouvidor à TV Tribuna.

Um dos casos suspeitos envolve a morte do catador de material reciclável José Marcos Nunes da Silva, de 45 anos, no dia 3/2, em uma suposta troca de tiros com policiais das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), em São Vicente. Segundo testemunhas, a vítima era catador de material reciclável. Na versão da polícia, ele teria sido abordado por policiais da Rota, perto de casa, e saiu correndo atirando contra os agentes, que revidaram.

Por conta das denúncias, entidades de defesa dos direitos humanos também foram a algumas comunidades na região onde os suspeitos foram mortos colher informações. O ouvidor pretende elaborar um relatório a partir dos relatos obtidos na Baixada para encaminhar ao Ministério Público (MPSP) e às corregedorias da Polícia Militar e Civil.

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Soldado Samuel Wesley Cosmo, no batalhão da Rota na capital paulista
Soldado da Rota foi o segundo PM morto no litoral paulista neste ano
Kennedy Cosmo e Samuel Wesley Cosmo
Policial militar de São Paulo Samuel Wesley Cosmo, soldado lotado nas Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota)
Família pede doações a viúva e filhas de soldado da Rota morto
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Kaique da Silva Coutinho, conhecido como “Chip”, é apontado como autor dos disparos que mataram o soldado Cosmo, da Rota

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Soldado Samuel Wesley Cosmo, no batalhão da Rota na capital paulista

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Soldado da Rota foi o segundo PM morto no litoral paulista neste ano

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Kennedy Cosmo e Samuel Wesley Cosmo

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Policial militar de São Paulo Samuel Wesley Cosmo, soldado lotado nas Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota)

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Família pede doações a viúva e filhas de soldado da Rota morto

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Guerra no litoral

Até o momento, a escalada da violência na Baixada Santista já deixou 19 suspeitos mortos em supostos confrontos com policiais militares. Três PMs também foram assassinados nas últimas duas semanas.

O início dos confrontos começaram após a morte do PM Marcelo Augusto da Silva, assassinado em 26 de janeiro. Ele atuava na Operação Verão quando foi baleado. No dia seguinte, o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, ordenou uma nova fase da Operação Escuda, deflagrada para capturar assassinos de policias.

No dia 2 de fevereiro, durante uma incursão em uma favela de Santos, o soldado Samuel Wesley Cosmo, 35 anos, da Rota, foi baleado no rosto e morreu. A cena foi filmada pela câmera corporal do agente.

Cinco dias depois, o cabo José Silveira dos Santos foi assassinado na região do Morro de Tetéu, em Santos. Após o novo caso, Derrite decidiu transferir seu gabinete para a cidade do litoral e intensificar as ações policiais na região em busca dos autores dos crimes contra os policiais.

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