Ouvidor da Polícia convidará Lula para visitar comunidades no litoral de SP
Segundo ouvidor, ofício solicitando presença do presidente Lula e de outras autoridades será despachado nesta sexta-feira (4/8)
atualizado
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Santos – O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio da Silva, disse ao Metrópoles que vai solicitar a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de outras autoridades a comunidades no litoral de São Paulo, onde ocorre a Operação Escudo, coordenada pela Secretaria de Segurança Pública. Segundo a pasta, 16 pessoas morreram desde o início da operação na semana passada.
“Os ofícios estão prontos. Vou despachar e assinar ainda hoje”, disse Claudio da Silva ao Metrópoles.
Além do presidente Lula, também serão convidados a visitar as comunidades o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, o ministro da Justiça, Flávio Dino, e integrantes das Comissões de Direitos Humanos do Senado e da Câmara dos Deputados.
A Ouvidoria da Polícia defende o fim da Operação Escudo e afirma que há diversos relatos de tortura e de violência policial.
“Neste cenário, não há justificativa plausível para se dar continuidade à “Operação Escudo”, que deve ser interrompida imediatamente, retirando-se todo o efetivo da comunidade onde residem centenas de pais de famílias, idosos, crianças, ora afetados pela referida operação; mesmo porque, nela há flagrantes violações dos preceitos dos Protocolos de Minnesota e Istambul aderidos pelo Estado Brasileiro”, diz nota da Ouvidoria.
128 presos
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, 128 pessoas foram presas durante a Operação Escudo. Nessa quinta-feira (3/8), foram 18 novos detidos. Seriam 102 presos pela Polícia Militar e 26 pessoas presas pela Polícia Civil.
A Polícia Civil prendeu os três suspeitos de envolvimento direto na morte do soldado da Rota Patrick Bastos Reis, de 30 anos. São eles Erickson David da Silva, o “Deivinho”, apontado como vigia de uma “biqueira” e autor do disparo; o irmão dele, Kauã Jazon da Silva, que seria o responsável por alertar via rádio sobre a chegada de viaturas; e um homem identificado como Marco Antonio, o “Mazzaropi”, que seria o responsável por vender drogas no local.