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“Ouvi os tiros, e a ligação caiu”, diz mãe de aluno de escola atacada

Mulher conta que filho telefonou ao perceber que havia um atirador na escola; ao ouvir os tiros, mãe diz que foi correndo para o local

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foto colorida de movimentação de policiais e imprensa nos arredores da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta - Metrópoles
1 de 1 foto colorida de movimentação de policiais e imprensa nos arredores da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta - Metrópoles - Foto: Renan Porto/Metrópoles

São Paulo — Ainda abalada com o ataque à Escola Estadual Sapopemba, zona leste de São Paulo, Thais Prado dos Santos, mãe de um estudante da unidade, conversou com o Metrópoles, na manhã desta terça-feira (24/10). Ela contou que o filho, que tem 18 anos e está no 2º ano do Ensino Médio, telefonou quando percebeu que havia um atirador no local.

“Ele me ligou às 7h37, desesperado, disse que estavam atirando dentro da escola”, conta Thais. “Eu ouvi os barulhos de tiros, e a ligação caiu. Fui para a escola correndo.”

Durante a ligação, Thais disse ter ouvido o que pareceram ser quatro tiros.

O filho da mulher estuda em uma sala em frente a que o atirador entrou. O jovem contou à mãe que, durante a fuga, viu a adolescente baleada. Ele não se machucou, mas, segundo a mãe, ficou totalmente transtornado com a tragédia.

Giovanna, estudante de 17 anos que foi morta com um tiro na cabeça foi velada, na manhã desta terça-feira, em Sapopemba (veja fotos abaixo). O enterro vai acontecer à tarde, em Santo André, na região metropolitana.

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Movimentação de pessoas no velório de Giovanna Bezerra da Silva, morta em ataque a escola em SP
Movimentação de pessoas no velório de Giovanna Bezerra da Silva, morta em ataque a escola em SP; na foto, de bengala, o avô de Giovanna
Movimentação de pessoas no velório de Giovanna Bezerra da Silva, morta em ataque a escola em SP; na foto, de bengala, o avô de Giovanna
Movimentação de pessoas no velório de Giovanna Bezerra da Silva, morta em ataque a escola em SP; na foto, de bengala, o avô de Giovanna
Velório da estudante Giovanna Bezerra da Silva, morta em ataque a escola na zona leste
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Movimentação de pessoas no velório de Giovanna Bezerra da Silva, morta em ataque a escola em SP; na foto, de bengala, o avô de Giovanna

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A adolescente morta durante ataque a escola

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Cartaz com informações sobre o funeral da estudante Giovanna Bezerra da Silva, morta durante ataque a escola na zona leste

Reprodução

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) decretou luto oficial de três dias pela morte da estudante.

Como foi o ataque

O ataque ocorreu na manhã dessa segunda-feira (23/10). O atirador, um estudante de 16 anos do 1º ano do ensino médio, foi contido pela coordenadora pedagógica da escola e apreendido pela polícia minutos após o crime. Segundo alunos e o advogado dele, o adolescente sofria bullying por ser homossexual.

Câmeras de segurança da escola estadual registraram a chegada do adolescente armado com um revólver calibre 38, por volta das 7h30. Ele invade uma sala de aula e ameaça os estudantes, que gritam e saem correndo.

Com um tiro à queima-roupa, ele atinge a nuca de Giovanna no momento em que ela se preparava para descer uma escadaria. Outras duas alunas de 15 anos são baleadas — uma com um tiro na clavícula e outra na região do abdômen. Um quarto estudante fica ferido na mão após quebrar uma janela para fugir do ataque.

A Polícia Civil havia informado, inicialmente, que um segundo estudante estaria envolvido no crime e que ele teria fugido. No fim do dia, no entanto, essa versão perdeu força. Até o momento, segundo as investigações, as evidências são de que o adolescente agiu sozinho.

O atirador foi encaminhado para uma unidade da Fundação Casa. Ele deve passar pela audiência de custódia nesta terça-feira.

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