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Ordem de ataque a policiais: como funciona o “salve geral” do PCC

Ordem dada por líderes do PCC para demais integrantes, “salve geral” está associado à identificação, localização e ataques a policiais

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1 de 1 PFs Foto colorida de Marcola, líder do PCC -- Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

São Paulo — O “salve geral” é uma ordem dada por lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC) aos demais integrantes da facção criminosa, geralmente associada à identificação, localização e ataques a agentes de segurança pública.

O termo foi popularizado após a onda de ataques promovida pelo PCC em 2006, quando 59 agentes públicos foram mortos. A Sintonia Final, composta por líderes do alto escalão da facção, usa a instância máxima do crime para tomar decisões e ordenar suas execuções dentro e fora do sistema prisional.

O mais recente “salve geral” foi apreendido com presos da Penitenciária de Parelheiros, na zona sul de São Paulo, no mês passado, determinando que agentes penitenciários paulistas sejam identificados.

No documento manuscrito, obtido pelo Metrópoles, é dado o prazo de 30 dias para que os criminosos responsáveis pelos presos de pavilhões ou raios, chamados de “jets”, levantem os nomes e endereços de dois agentes penitenciários por unidade.

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Marcola cumpre pena na Penitenciária Federal de Brasília
líder máximo do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola
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Marcola cumpre pena na Penitenciária Federal de Brasília

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Líder do PCC, Marcola está detido em presídio federal em Brasília

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Marcola, líder do PCC

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Marcola está na penitenciária federal de Brasília desde janeiro de 2023

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Detento passou por exames de rotina

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Ataques

Nessa segunda-feira (14/10), policiais militares foram alvo de tiros, disparados por pistoleiros, em duas ocorrências diferentes no Guarujá, litoral paulista. Ninguém se feriu ou foi preso.

As atividades criminosas da cidade são dominadas pelo PCC, que estaria envolvido com a determinação do assassinato de policiais da ativa e da reserva no município, segundo investigação conjunta da Polícia Civil e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MPSP).

No período da tarde, ainda no Guarujá, policiais das Rondas com Motocicletas (Rocam) também foram alvo de tiros, dados quando os PMs patrulhavam pela Avenida Prefeito Raphael Vitiello.

Os disparos foram feitos, segundo registros oficiais, quando os policiais decidiram abordar quatro homens que estariam em atitude suspeita. Ninguém se feriu ou foi preso.

Também no último fim de semana, um veículo conduzido por policiais penais da Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo (SAP-SP) foi atingido por um incêndio. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), as causas “estão sendo apuradas”.

Policiais em alerta

O comandante da Polícia Militar do estado, coronel Cássio Araújo de Freitas, colocou as tropas da corporação em alerta em resposta aos ataques sofridos por PMs na Baixada Santista. A suspeita é que eles tenham ligação com o PCC.

“Imediatamente tomou dimensão suspeitas de se tratar de mobilização orquestrada por OrCrim [organização criminosa] e com potencial para se expandir para outras áreas, notadamente a região metropolitana da capital”, afirma o coronel Cássio de Araújo em mensagem enviada a colegas em grupo de WhatsApp.

“Peço que convoquem e reúnam, presencialmente ou via remota, seus Cmts [comandantes] de OPMs [Organizações Policiais Militares] e SubUnidades para estabelecer as ações aplicáveis em suas respectivas áreas”. Segundo ele, não há até o momento informações de inteligência que confirmem a hipótese.

Diante do cenário, policiais militares de todo o estado estão de “sobreaviso nível 2”. Com isso, eles podem tirar folga, mas precisam estar preparados para assumir seus postos de trabalho a qualquer momento.

Comandantes de batalhões de elite da Polícia Militar ouvidos pela reportagem afirmam que a medida é por hora preventiva. “É mais prevenção do que algo concreto”, afirma Valmor Racorti, comandante do Policiamento de Choque.

“As tropas do Choque já estão lá. Isso faz parte da rotina. Existe um decreto antigo que estabelece que nós temos que enviar equipes especiais constantemente. Mas por enquanto não houve um envio de novas tropas”, acrescentou.

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