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Oposição vai pedir impeachment de Tarcísio por ligar PCC a Boulos

Bancada de deputados do PT, PCdoB e do PV afirma que Tarcísio usou máquina pública para espalhar fake news durante as eleições contra Boulos

atualizado

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Tarcísio ao lado de Nunes após votar em SP - Metrópoles
1 de 1 Tarcísio ao lado de Nunes após votar em SP - Metrópoles - Foto: Ettore Chiereguini/Especial Metrópoles

São Paulo — A bancada de deputados estaduais do PT, PCdoB e do PV vai ingressar com um pedido de impeachment contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O pedido tem como motivação a fala deste domingo de eleições (27/10), sobre um suposto “salve” do PCC determinando votos dos faccionados ao candidato Guilherme Boulos (PSol).

Segundo os parlamentares, Tarcísio de Freitas teria cometido crimes de responsabilidade contra a probidade na administração e usado a máquina pública para espalhar fake news durante o processo eleitoral, “com claro objetivo de prejudicar” Boulos.

O pedido de impeachment cita a entrevista coletiva do governador na manhã deste domingo e afirma que o governador fez acusações sem provas: “Foi um alarde mentiroso com viés claramente político”.

“O governador precisa responder por seus delitos junto ao Legislativo, através do pedido de impeachment, ao Ministério Público, por crime comum, e ao povo da cidade e do estado de São Paulo por espalhar inverdades”, explica Paulo Fiorilo, líder da bancada na Alesp.

Segundo a nota da Federação PT/PCdoB/PV sobre o ocorrido, o governo do Estado não formalizou nenhuma denúncia ou documento sobre o caso. Além disso, diz que nem o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), nem o Ministério de Justiça (MJ) detectaram orientação de voto do PCC interceptada pelo serviço de inteligência do governo federal.

Além do pedido, o Metrópoles apurou que a bancada também estuda pedir uma CPI na Alesp sobre o ocorrido.

Suposto “salve” do PCC

Mais cedo, após votar em um colégio no Morumbi, na zona sul de São Paulo, Tarcísio de Freitas disse à imprensa que um suposto “salve” do PCC teria sido interceptado pelo governo. O documento, segundo o governador, tinha uma orientação para voto em Boulos.

“Teve o salve. Houve interceptação de conversas e de “orientações. Uma facção criminosa orientando moradores de determinadas áreas a votarem em determinados candidatos. Com o serviço de inteligência, houve essa interceptação”, afirmou Tarcísio de Freitas.

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Tarcísio ao lado de Nunes após votar em SP
Tarcísio ao lado de Nunes após votar em SP
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Nunes durante votação
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Nunes durante votação

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“Isso aconteceu em São Paulo, disseram que era para votar no outro”, acrescentou ele. Sem dar mais detalhes sobre o documento apreendido, o governador afirmou que “o outro” seria Guilherme Boulos.

Boulos classificou a fala como “uma declaração extremamente grave” e que tem como objetivo “tentar influenciar as eleições…botar medo nas pessoas”. Ele também comparou a situação com a vivida com Marçal a durante o primeiro turno da corrida eleitoral, quando o adversário o atacou com falas sobre um suposto uso de drogas:

“Era mesmo a coisa do laudo. Eu fiquei o primeiro turno inteiro tendo que responder sobre um ataque absurdo de uso de droga. Há dois dias da eleição, veio um laudo que era falso. Agora, no dia da eleição, preocupado com os resultados, o governador do estado faz uma declaração irresponsável, mentirosa, como essa, ao lado do seu candidato, que é o meu adversário.”

O candidato ainda afirmou que acionou a equipe jurídica da campanha e que vai entrar com as medidas cabíveis contra Tarcísio e todos aqueles que divulgaram “essa mentira”.

Na visão da equipe de Boulos, há uma ação coordenada por parte da campanha adversária, com mensagens que passaram a ser divulgadas em grupos de WhatsApp.

Votação

Guilherme Boulos votou no CEU Campo Limpo, na zona sul, na manhã deste domingo. Ele afirmou que está confiante na vitória, apesar das pesquisas apontarem seu adversário, Ricardo Nunes (MDB), como favorito à reeleição.

Em coletiva de imprensa realizada na saída do voto, o candidato disse esperar por um resultado positivo ao seu favor. “Essa eleição é uma eleição muito acirrada, que se decide nas últimas horas. Ninguém vence eleições de véspera”, disse o deputado, completando “É um sentimento de virada, é um sentimento de mudança”.

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Boulos deixa local de votação junto com sua vice Marta Suplicy
Boulos acena a jornalistas em local de votação
Candidato do PSol votou por volta das 10h deste domingo (27/10)
Guilherme Boulos (PSol)
Boulos votou acompannhado de familiares e de ministros do governo Lula
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Guilherme Boulos após votar neste domingo (27/10)

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Boulos deixa local de votação junto com sua vice Marta Suplicy

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Boulos acena a jornalistas em local de votação

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Candidato do PSol votou por volta das 10h deste domingo (27/10)

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Boulos votou acompannhado de familiares e de ministros do governo Lula

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Boulos concorre, pela segunda vez, à Prefeitura de SP

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Boulos fala com a imprensa após votar na zona sul de SP

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Já Ricardo Nunes votou na Escola Estadual Dom Duarte Leopoldo e Silva, na Capela do Socorro. Ao lado de Tarcísio, ele agradeceu ao governador pela confiança durante a campanha.

“Estou muito otimista. [Quero] agradecer a minha família, a minha esposa, e um agradecimento especial ao governador Tarcísio, grande governador que tem sido fundamental na Prefeitura de São Paulo (…). Deus abençoe a nossa cidade”, disse, logo após votar.

Em conversa com jornalistas, Nunes reiterou o quanto o apoio de Tarcísio foi importante.

“Eu falo isso não só no período eleitoral, mas antes, na gestão, nas ações da área de segurança, da área da habitação, saneamento, mobilidade. Isso já ajudou a melhorar os índices de aprovação de campanha. No momento em que eu dei uma caída na pesquisa, entre 28 e 29 de agosto, foi o momento em que o governador Tarcísio mais entrou na campanha. Isso é uma prova do caráter da lealdade, da pessoa que é o Tarcísio”, afirmou.

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