Operadores do PCC que movimentaram R$ 100 milhões são presos em SP
Segunda fase da Operação Sharks também cumpriu mandados de busca na Bahia; foram apreendidos relógios de luxo avaliados em R$ 2 milhões
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – Dois suspeitos de realizar operações financeiras para o Primeiro Comando da Capital (PCC) foram presos, na manhã desta terça-feira (12\9), em São Paulo, na segunda fase da operação Sharks, do Ministério Público (MPSP).
Os suspeitos, identificados como Dário Pereira Alencar e Márcio Roberto de Souza Costa, estariam envolvidos na movimentação de R$ 100 milhões para a facção criminosa nos últimos três anos. Segundo o MP, eles fazem parte dos núcleos comandados pelos chefões Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, e Odair Lopes Mazzi Junior, o Dezinho.
Dezinho, preso em um resort de luxo no Nordeste, em julho, também foi alvo de um mandado de prisão preventiva, cumprido no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, zona oeste, nesta terça-feira.
30 anos do PCC: por que a facção criminosa já é considerada uma máfia
Apontado com um dos membros da cúpula da facção, Dezinho será transferido para o presídio de Presidente Venceslau, interior paulista, segundo o promotor Lincoln Gakiya, do Gaeco.
Um quarto suspeito, cujo nome não foi informado, foi preso em flagrante, por porte ilegal de arma de fogo, durante o cumprimento de um dos 22 mandados de busca e apreensão, também nesta terça, na capital e Praia Grande.
Relógios de luxo
Outros quatro mandados de busca foram cumpridos na Bahia. Foram apreendidos, em São Paulo e no Nordeste, documentos, celulares, computadores e 35 relógios de luxo, avaliados em R$ 2 milhões, de acordo com Gakiya.
30 anos do PCC: cúpula ostenta luxo enquanto tropa vive em muquifo
Tuta, o outro suspeito de movimentar os R$ 100 milhões, foi expulso do PCC, por suspeita de desvio de dinheiro. Ele é considerado desaparecido oficialmente, mas o MPSP acredita que o criminoso foi assassinado.
Os cumprimentos dos mandados de busca e apreensão e de prisão contaram com o apoio de 108 policiais das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota).