Operadoras de celular registram instabilidade em SP após tempestade
Entidade que representa operadoras afirma que equipes estão atuando para restabelecer o serviço “no menor tempo possível”
atualizado
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São Paulo – A tempestade desta sexta-feira (11/10), que deixou sete mortos, provocou quedas de árvores e afetou a rede de energia elétrica na Grande São Paulo, também impactou os serviços de operadoras de celulares na região metropolitana.
A Conexis Brasil Digital, entidade que representa as operadoras Claro, TIM, Vivo, Oi, Algar Telecom e Sercomtel, confirmou ao Metrópoles neste sábado (12/10) que clientes de alguns bairros da cidade de São Paulo e de municípios do ABC Paulista “podem estar com instabilidade na utilização dos serviços das operadoras devido às fortes chuvas que atingiram as regiões ontem, causando quedas de árvores e o desabastecimento na rede de energia”.
Em nota, a associação afirmou que “equipes estão atuando para restabelecer o serviço no menor tempo possível”. Nas redes sociais, paulistanos falaram sobre a instabilidade no sinal. “A internet de vocês também ficou muito ruim depois da chuva de ontem? Meu 4G tá toda hora caindo”, disse uma usuária do X.
“Tudo está sem sinal desde ontem às 23h em SP… celular e internet. Não vão se manifestar?”, cobrou uma cliente na página da Claro no Instagram. A operadora solicitou os dados da usuária para avaliar o problema. Outros clientes também relataram dificuldades com o sinal nos comentários de uma publicação. “Já liguei na central várias vezes e toda hora mudam a previsão de restabelecimento do serviço”, disse uma mulher.
Caos na Grande SP
Segundo a Defesa Civil de São Paulo, a rajada de vento que atingiu a região metropolitana nesta sexta-feira (12/10) foi a mais forte desde 1995. Com 107 km/h, ela superou o recorde anterior, registrado no dia 3 de novembro de 2023, quando a Grande São Paulo viveu um apagão de vários dias após um temporal com ventos de 103,7 km/h.
Na manhã deste sábado (12/10), vários bairros da capital paulista ainda contabilizavam os estragos depois do temporal. Na Vila Andrade, na zona sul, a entrada de um condomínio precisou ser interditada por causa das árvores que caíram em frente à portaria. A ventania também destelhou a guarita onde ficava um funcionário. Dentro do condomínio, uma árvore quebrou uma porta de vidro do salão. Por sorte, ninguém se feriu.
Também na zona sul, a cobertura de um shopping saiu voando em Interlagos e atingiu um carro no estacionamento. Quedas de árvore provocaram a morte de uma pessoa no Campo Limpo, em São Paulo, e em Diadema, na região metropolitana. Outras cinco pessoas foram vítimas de quedas de muros em Bauru, no interior paulista, e em Cotia, na Grande São Paulo.
Segundo a Prefeitura de São Paulo, a Defesa Civil Municipal atendeu 49 ocorrências de quedas de árvores e galhos em toda a cidade. Em 24 casos, a Prefeitura ainda aguardava, na manhã deste sábado, o desligamento da energia para prosseguir com os trabalhos de retirada da vegetação. Além da Defesa Civil Municipal, o Corpo de Bombeiros também recebeu 142 chamados entre meia-noite de ontem e 7 horas da manhã deste sábado para quedas de árvores.
Mais de 2,1 milhão de clientes da Enel ficaram sem energia depois da tempestade. Até 15h30 deste sábado, 1,45 milhão clientes continuavam sem luz, segundo a concessionária. Em entrevista a jornalistas na manhã deste sábado, o presidente da empresa em São Paulo, Guilherme Lencastre, se negou a dar um prazo para o restabelecimento completo da rede.
“Tem muitas variáveis aqui e eu não quero colocar para vocês uma expectativa que seja frustrada. Eu preciso trabalhar com o avanço dessas ações, a gente precisa olhar de forma bem efetiva na mobilização das equipes, atuação nas áreas críticas”, disse o executivo. A Enel afirma que colocou 2,5 mil funcionários nas ruas para atender aos chamados.
As regiões mais afetadas até agora são os bairros de Santo Amaro, Jardim São Luís, Socorro, Pinheiros, Americanópolis, Vila Andrade, Jardim Vaz de Lima, Alto de Pinheiros, Jardim Martini e Jardim Mariane, nas zonas sul e oeste da cidade, e as cidades de Taboão da Serra, Cotia, São Bernardo do Campo, Santo André e Diadema.
A falta de energia elétrica impactou também a distribuição de água em diversas regiões do estado. Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o abastecimento foi prejudicado nas cidades de São Paulo, São Bernardo do Campo, São Caetano, Santo André, Cotia e Cajamar.
