Operação prende suspeitos de atuar em rede de agiotagem do PCC em SP
Operação foi realizada em parceria entre MPSP e Polícia Militar; rede do PCC seria responsável por agiotagem abusiva seguida de extorsão
atualizado
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São Paulo — O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Polícia Militar (PM) cumpre nesta terça-feira (7/5) 11 mandados de prisão temporária e 17 de busca e apreensão no âmbito da Operação Khalifa (vídeo abaixo), que investiga o envolvimento do Primeiro Comando da Capital (PCC) com uma rede de agiotagem na região do Alto Tietê e na capital paulista.
De acordo com a PM, dos 11 mandados de prisão, sete foram cumpridos até a manhã de terça.
As investigações do Ministério Público de São Paulo (MPSP) apontam que a rede atuava nas cidades de São Paulo, Mogi das Cruzes, Arujá, Suzano, Poá, Santa Isabel e São José dos Campos.
Segundo as investigações, os suspeitos, que eram integrantes da facção criminosa, emprestavam dinheiro a terceiros com juros abusivos, que chegavam ao valor de 300% ao mês. Quando o pagamento não era feito, eles passavam a extorquir e ameaçar os devedores.
Os agentes apreenderam 6 armas: um fuzil Taurus T4, uma espingarda e quatro pistolas, além de munições de diversos calibres.
Também foram apreendidos R$ 35.966 em espécie, R$ 30.000 em cheques, diversas joias, relógios de marcas de luxo, cinco computadores, e 16 celulares.
O nome da Operação Khalifa é uma alusão ao edifício Burj Khalifa, que fica na cidade de Dubai, nos Emirados Árabes, e faz referência às viagens internacionais que os investigados ostentavam pelas redes sociais.