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Operação no litoral de SP completa 8 dias com 147 presos e 16 mortos

Ações policiais se estenderam para o litoral norte após dois policiais militares em serviço serem alvo de tiros em Caraguatatuba

atualizado

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Em foto colorida policial da Rota, de costas, observa favela enquanto segura um fuzil - Metrópoles
1 de 1 Em foto colorida policial da Rota, de costas, observa favela enquanto segura um fuzil - Metrópoles - Foto: Divulgação/Rota

São Paulo – As polícias Civil e Militar prenderam 147 pessoas no litoral paulista desde o início da Operação Escudo, deflagrada após o assassinato de um soldado da Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), no último dia 27 de julho, no Guarujá.

O número de presos foi atualizado neste sábado (5/7), após 19 prisões realizadas no dia anterior. Até o momento, a operação policial resultou na morte de 16 pessoas em supostos confrontos com a Polícia Militar. As mortes são investigadas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Entidades de defesa dos direitos humanos e partidos de oposição criticam a atuação policial na Baixada Santista por causa do número de mortos e denúncias de supostos abusos praticados por PMs contra moradores de comunidades.

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) também abriu inquérito para investigar a operação.

O Metrópoles teve acesso a 13 boletins de ocorrência das mortes por intervenção policial na Baixada Santista — nove no Guarujá e quatro em Santos. Muitos deles apresentam inconsistências nos relatos feitos pelos PMs à Polícia Civil de São Paulo.

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PM declara luto pela morte de Patrick Bastos Reis, policial da Rota morto no Guarujá
PM da Rota Patrick Bastos Reis baleado e morto durante patrulhamento no Guarujá
Policiais da Rota baleados no Guarujá foram socorridos no Pronto Atendimento Municipal da Rodoviária
Policial da Rota é morto em Guarujá
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Litoral norte

Após dois policiais militares serem alvo de tiros, em Caraguatatuba, a Operação Escudo foi estendida para o litoral norte paulista na última quarta-feira (2/7).

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), dois PMs atendiam a uma ocorrência quando foram alvo de tiros. Ninguém se feriu e a Polícia Civil tenta identificar os criminosos, que ainda não foram presos.

Além do soldado Patrick Bastos Reis, de 30 anos, que morreu após ser atingido por um tiro de pistola 9 milímetros, outros dois PMs foram baleados, no último dia 1º/8 em Santos, em ocorrências diferentes. Ambos foram socorridos e passam bem.

Veja ataque contra PM em Santos

 

Em nota divulgada neste sábado, a SSP afirma que, em oito dias de operação, 121 pessoas foram presas pela PM e 26 pela Polícia Civil no litoral. Durante o período, ambas as instituições de segurança apreenderam 478 quilos de drogas e 22 armas de fogo. Militares também vistoriaram 3.137 automóveis, 1.710 motos, dos quais 202 e 163 foram removidos das ruas, respectivamente.

Indiciamento por morte de policial

A Polícia Civil enviará à Justiça o inquérito para a abertura de uma ação penal contra três indiciados pelo a morte do soldado Patrick Bastos Reis, da Rota. A instituição entregou o relatório sobre o homicídio nessa sexta-feira (4/8).

Segundo a Polícia Civil, os indícios apontam para Erickson David da Silva, 28, como o autor dos tiros que mataram o policial. Ele admitiu estar em um ponto de venda de drogas no momento em que o policial morreu, mas afirmou, em depoimento, que não disparou a arma.

Além dele, também serão indiciados por homicídio Marco Antônio de Assis Silva, 26, o Mazzaropi, e Kauã Jazon da Silva, 20, que é irmão de Erickson. Os três estavam no local, conhecido como biqueira da Seringueira, na Vila Júlia, quando o crime ocorreu, no último dia 27 de julho.

A morte do PM

O soldado da Rota Patrick Bastos Reis foi baleado durante patrulhamento na comunidade Vila Zilda. Atingido no tórax, ele não resistiu. Já o cabo Fabiano Oliveira Marin Alfaya, de 39 anos, foi ferido na mão. Os tiros foram disparados a até 70 metros de distância, segundo a SSP.
Após a morte do policial, iniciou-se escalada da violência na região. Segundo a Ouvidoria da Polícia de São Paulo, o número de mortes pode ser maior do que o divulgado. O órgão também alertou para a denúncia de excessos cometidos por parte das forças policiais. O governador nega que esteja havendo abusos.

Entidades de direitos humanos assinaram uma nota conjunta, divulgada nesta sexta-feira (4/7), solicitando o fim imediato da Operação Escudo.

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