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Operação na Baixada: PM mata 2 em São Vicente; mortes chegam a 45

Segundo Secretaria da Segurança Pública, suspeitos foram baleados em troca de tiros no bairro Itararé, na divisa de São Vicente com Santos

atualizado

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foto colorida de policial militar observa movimento em praia do litoral paulista durante patrulhamento da Operação Verão - Metrópoles
1 de 1 foto colorida de policial militar observa movimento em praia do litoral paulista durante patrulhamento da Operação Verão - Metrópoles - Foto: Reprodução/Instagram

São Paulo – Dois suspeitos baleados em um suposto confronto com a Polícia Militar na noite dessa quarta-feira (13/3) em São Vicente, no litoral sul de São Paulo, morreram, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP). Com isso, sobe para 45 o número de mortos na 3ª Fase da Operação Verão na Baixada Santista, segundo a contagem oficial.

As mortes ocorreram na Rua João Ribeiro, no bairro do Itararé, próximo à divisa com Santos. A identidade dos suspeitos não foi divulgada.

A pasta afirma que os homens atiraram contra os policiais. Eles foram resgatados pelo Samu e levados para a unidade de saúde mais próxima, mas não resistiram.

De acordo com a SSP, com os suspeitos, foram apreendidos dois revólveres, uma mochila com drogas e um rádio comunicador. O caso foi registrado como morte decorrente de intervenção policial, legítima defesa, tráfico de drogas e tentativa de homicídio.

Mortos na Favela do Sambaiatuba

Na última segunda-feira (11/3), dois suspeitos foram mortos no Dique do Sambaiatuba, em São Vicente. Vídeos feitos por moradores da Favela do Sambaiatuba mostram o momento em que um homem é retirado do mangue e carregado por populares após ser baleado por policiais militares do Baep.

De acordo com a SSP, o suspeito teria apontado na direção dos PMs, que revidaram. Um outro homem também morreu após ser baleado no suposto confronto.

A Polícia Militar instaurou um inquérito para apurar a conduta dos policiais envolvidos na ocorrência.

Tarcísio denunciado à ONU

Na semana passada, foram coletados novos relatos de abusos cometidos pelas forças de segurança do estado. Além das execuções, moradores de comunidades que são alvo da Operação Verão apontaram invasão de velório, intimidação e pessoas já mortas sendo levadas para suposto socorro em unidades de saúde como se estivessem vivas — isso dificultaria o trabalho de perícia no local dos supostos confrontos.

Na última sexta-feira (8/3), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi denunciado ao Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). Como resposta, ele disse que não está “nem aí“. “Sinceramente, nós temos muita tranquilidade em relação ao que está sendo feito. E aí, o pessoal pode ir na ONU, na Liga da Justiça, no raio que o parta, e eu não estou nem aí”, disse Tarcísio.

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