Rombo no PCC: quanto facção perdeu com apreensão recorde de cocaína
A droga foi encontrada no meio de uma carga de sucata metálica que iria para Málaga, na Espanha. Foi a maior apreensão de cocaína no ano
atualizado
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São Paulo — O Primeiro Comando da Capital (PCC) sofreu um duro golpe em suas finanças com a apreensão de 1,2 tonelada de cocaína nesta segunda-feira (21/10), no Porto de Santos, litoral de São Paulo.
A droga foi encontrada no meio de uma carga de sucata metálica que iria para a cidade de Málaga, na Espanha.
Relatório de autoridades europeias aponta que o grama da cocaína chega na Europa custando 30 euros. Considerando o euro a R$ 6,16, cotação registrada nesta segunda-feira, o prejuízo para os cofres do PCC ultrapassa os R$ 220 milhões.
Como já revelado pelo Metrópoles, o porto é um dos principais escoadouros usados pelo PCC para despachar cocaína para países da África e da Europa, onde a droga rende bilhões à maior facção do Brasil.
Segundo a Receita Federal, novos parâmetros nos sistemas de gestão de riscos permitiram a seleção e o bloqueio de uma carga de sucata metálica acondicionada em cinco contêineres. Em um deles, em meio a 24 toneladas de sucata, foram encontrados os 1.201 kg de cocaína.
A droga estava acondicionada em caixas metálicas na tentativa de dificultar os trabalhos das equipes de vigilância e repressão da Receita Federal no porto.
Outros instrumentos utilizados pela fiscalização foram dois cães de faro da Receita Federal e análise das imagens de escâneres dos contêineres selecionados, que tinham como destino o porto de Málaga, na Espanha.
Após a confirmação da contaminação, a Polícia Federal foi acionada para os procedimentos de polícia judiciária da União.