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Nunes volta a defender internação compulsória após tumulto na Cracolândia

Prefeito Ricardo Nunes disse que medida seria “humanitária” na Cracolândia e que é preciso discutir tema sem “paixões ideológicas”

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Imagem colorida de Ricardo Nunes, homem branco, de barba e cabelo pretos, de jaqueta e camisa azul, durante entrevista - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de Ricardo Nunes, homem branco, de barba e cabelo pretos, de jaqueta e camisa azul, durante entrevista - Metrópoles - Foto: Reprodução/YouTube

São Paulo — Após uma semana de tumultos no centro da capital paulista causados por usuários de drogas, que chegaram a apedrejar seis ônibus e assaltar passageiros, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) voltou a defender a internação compulsória (forçada) de depedentes químicos como uma das soluções para a Cracolândia.

Nunes disse que a internação seria uma medida humanitária, uma vez que, na visão dele, aquelas pessoas “estão caminhando para a morte de tanto usar o crack”.

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Polícias Civil e Militar, a Guarda Civil Metropolitana e funcionários da Prefeitura de São Paulo fazem operação na cracolândia
Objetivo da operação é combater o tráfico de drogas na Praça Princesa Isabel, no centro da capital paulista, nova localização da  cracolândia
Prefeitura de SP cercou em 2022 usuários na Praça Princesa Isabel após Cracolândia migrar para o local
Tentativa da polícia de limpar a Cracolândia em outubro de 2020
Cracolândia: "fluxo" é visto em região do bairro Campos Elíseos, em São Paulo
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Dependentes químicos se concentram em fluxo, perto da Rua Guaianases, no centro de SP

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Polícias Civil e Militar, a Guarda Civil Metropolitana e funcionários da Prefeitura de São Paulo fazem operação na cracolândia

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Objetivo da operação é combater o tráfico de drogas na Praça Princesa Isabel, no centro da capital paulista, nova localização da cracolândia

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Prefeitura de SP cercou em 2022 usuários na Praça Princesa Isabel após Cracolândia migrar para o local

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Tentativa da polícia de limpar a Cracolândia em outubro de 2020

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Cracolândia: "fluxo" é visto em região do bairro Campos Elíseos, em São Paulo

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“A gente precisa fazer uma ação de discutir esse tema sem paixões ideológicas, com uma visão de humanidade para salvar a vida daquelas pessoas. De poder dar apoio aos médicos para receitarem a internação compulsória e o juizado aceitar”, afirmou.

Nunes comentou o tema durante um evento para marcar a inauguração da ampliação do Parque da Independência, no Ipiranga, zona sul paulistana.

O prefeito citou dados de uma pesquisa sobre o perfil dos usuários de crack da região feita pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) a pedido da Prefeitura.

O levantamento aponta que 55% do público no local frequenta a Cracolândia há mais de cinco anos e 39%, há mais de dez. “Quem está no uso do crack há tantos anos não se convence fácil a ir para o tratamento”, afirmou o prefeito.

Nunes negou que a Prefeitura tenha patrocinado uma tentativa de transferir o fluxo da Cracolândia das ruas ao redor da Estação Julio Prestes, no centro, para uma área próxima à ponte Orestes Quércia, na Marginal Tietê, ocorrida no último fim de semana.

“Aqueles usuários têm uma vida própria de locomoção”, disse o prefeito. “Se fosse real, até por uma questão lógica, de que alguém poderia direcionar (o fluxo) para algum lugar, a gente não teria aquelas pessoas causando tanto transtorno para moradores e comerciantes.”

Defesa prévia da internação compulsória

O prefeito já defendeu mais uma vez a internação compulsória de dependentes químicos como estratégia de enfrentamento da Cracolândia.

A proposta é que médicos possam determinar que um usuário de droga seja internado, mesmo que ele não queira, para tratamento contra o vício. O argumento é que os dependentes que circulam pela Cracolândia já não têm mais condição de opinar sobre querer ou não ajuda.

Há previsão legal para que a prática seja adotada, mas a determinação médica precisa ser levada a um juiz, para autorização ou não do procedimento.

Médicos da Prefeitura e do governo do Estado, porém, não têm um consenso sobre a eficácia da medida para o paciente.

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