Nunes vai corrigir IPTU, mas mantém suspense sobre tarifa de ônibus
Em entrevista ao Metrópoles, prefeito Ricardo Nunes afirma que valor do IPTU em SP será corrigido pela inflação a partir de janeiro
atualizado
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São Paulo — O prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirma, em entrevista ao Metrópoles, que irá corrigir o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) pela inflação em janeiro do próximo ano, mas que ainda não decidiu se irá reajustar o valor da tarifa de ônibus, congelado há quatro anos.
As declarações foram feitas em seu gabinete, em uma entrevista concedida nessa terça-feira (29/10), após a confirmação de sua reeleição, no último domingo (27/10). Anualmente, a Planta Genérica de Valores (PGV) — um “mapa” da cidade que determina o valor venal dos terrenos e é usado para calcular o valor de cada imóvel para fins de cálculo do IPTU — é corrigida pelo IPCA, a inflação oficial do país.
“O IPTU não vai subir, já definimos isso. Haverá apenas a correção pela inflação, sem aumento de imposto”, afirma o prefeito na entrevista. O mercado financeiro estima que o IPCA acumulado em 2024 será de 4,55%, segundo o mais recente relatório Focus, divulgado pelo Banco Central na segunda-feira (28/10).
Ao tratar de um eventual aumento no preço da passagem de ônibus, atualmente em R$ 4,40, o prefeito diz que a decisão só será tomada no fim do ano, embora sua vontade seja mantê-la congelada.
“Em dezembro, recebo as planilhas de custos para ver se conseguiremos manter a tarifa, que é meu objetivo”, afirma. Ele menciona que terá que aumentar a tarifa caso o custo para a Prefeitura manter o congelamento seja tão alto que exija a retirada de verbas de outras áreas, como saúde e educação.
Na entrevista, o prefeito destacou o papel do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em sua reeleição e disse apoiar uma eventual candidatura dele à Presidência da República, em 2026, contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), caso o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permaneça inelegível. No entanto, afirmou que não pretende deixar a Prefeitura para concorrer ao governo nesse cenário.
Ao comentar a política municipal, o prefeito referiu-se como “traidores” aos vereadores eleitos por partidos de sua coligação que, durante as eleições, fizeram campanha para Pablo Marçal (PRTB), e disse querer “distância” desses parlamentares.
Confira aqui entrevista completa com o prefeito.