Nunes diz ser “natural” Tebet não subir em seu palanque com Bolsonaro
Prefeito Ricardo Nunes comentou declaração da ministra Simone Tebet sobre só subir em seu palanque em São Paulo quando Bolsonaro não estiver
atualizado
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São Paulo — O prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), disse nesta segunda-feira (1º/4) ser “absolutamente natural” a ministra do Planejamento, Simone Tebet, que é do seu partido, não querer subir em seu palanque ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), contra quem ela disputou a eleição presidencial em 2022.
No último sábado (30/3), Tebet disse em entrevista à CNN Brasil que não vai se recusar a subir no palanque do prefeito e candidato à reeleição, desde que seja chamada em “dias diferentes” de Bolsonaro, que decidiu apoiar Nunes na eleição paulistana contra o deputado federal Guilherme Boulos (PSol).
“Existe uma frente ampla verdadeira em torno da nossa candidatura para essas eleições e a Simone Tebet faz parte disso, até é do meu partido. Como é uma frente ampla, obviamente, você vai ter setores que não concordam e que não têm o mesmo posicionamento ideológico. E é absolutamente natural que em algum momento ela venha participar da nossa campanha e que seja um momento que não tenha o Bolsonaro e vice-versa”, disse Nunes nesta segunda, após a inauguração de um armazém solidário na zona norte da capital.
Ataques a Boulos
Durante a agenda, Nunes voltou a fazer ataques a Guilherme Boulos, seu principal adversário na disputa. As últimas pesquisas mostram os dois tecnicamente empatados, bem à frente da terceira colocada, a deputada federal Tabata Amaral (PSB).
O prefeito voltou a classificar o deputado do PSol como representante de uma “extrema esquerda” que “zomba, inclusive, de Jesus, que tem esse comportamento de invasões, de agressão”, referindo-se a uma postagem do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) na Sexta-feira Santa (29/3), com a imagem de Jesus Cristo crucificado acompanhada da inscrição “Bandido bom é bandido morto”, dita por três soldados romanos.
“Lembro muito bem da ação do Boulos na [Avenida] Paulista quebrando e depredando a [sede] Fiesp [Federação das Indústrias de São Paulo], e dizendo que era pouco, invadindo o Ministério da Fazenda. Enfim, essas atitudes que a gente tem, infelizmente, presenciado por parte dessa pessoa”, disse Nunes.