Nunes sugere reduzir o número de debates no 2° turno da eleição em SP
A campanha de Ricardo Nunes sugeriu que veículos de comunicação se juntem e limitem o número de debates a 3 no 2° turno contra Boulos
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo — A campanha do candidato a Prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), sugeriu aos veículos de comunicação que o número de debates eleitorais seja menor no segundo turno da corrida eleitoral pela administração da capital paulista.
A equipe do candidato a reeleição afirmou já ter recebido 12 convites em um período de 15 dias, entre os dias 10 e 25 de outubro, e sugere que os veículos façam parcerias afim de restringir a três o número de debates.
Com a medida, Nunes diz que seria possível uma “campanha mais propositiva e atenciosa à população de São Paulo“.
Ricardo Nunes e Guilherme Boulos (PSol) irão disputar o segundo turno das eleições para a Prefeitura da capital paulista.
O Metrópoles consultou a campanha de Guilherme Boulos, adversário de Nunes no segundo turno, sobre a sugestão da diminuição de debates, mas até o momento não obteve retorno. Espaço segue em aberto.
Agressivos e “baixo nível”
Até a votação do último domingo (6/10), foram realizados 11 debates marcados pela agressividade e por agressões físicas e verbais.
O ápice da violência entre os candidates aconteceria no debate promovido pela TV Cultura no dia 15 de setembro. Marçal, que chamara Datena de estuprador logo no início do evento, relembrando uma acusação de assédio contra o apresentador provocou novamente o tucano, dizendo que ele “não era homem” nem para agredi-lo.
“Você é um arregão. Atravessou o debate esses dias para me dar um tapa e falou que queria ter feito. Você não é homem nem para fazer isso”, disparou o influencer.
Nesse momento, Datena deixou o púlpito em que estava e agrediu Marçal com uma cadeirada. O tucano foi expulso do debate e o influenciador levado a um hospital com “traumatismo na região do tórax à direita e em punho direito, sem maiores complicações associadas”, segundo o boletim médico.
Em uma pesquisa Quaest divulgada no dia 24 de setembro, 81% dos eleitores entrevistados, ou seja 8 em cada 10, consideraram de “baixo nível” os debates realizados nestas eleições.
Para 7% os encontros entre candidatos estão com “alto nível”, 4% consideram “nem alto, nem baixo nível”, e 8% não sabem opinar ou não responderam.