Nunes sobe o tom e diz que Marçal está envolvido “até o nariz” com PCC
Candidato à reeleição, prefeito Ricardo Nunes cita suspeitas de ligação de aliados de Marçal com o PCC e diz que tema é “coisa de polícia”
atualizado
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São Paulo — O prefeito da capital e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), subiu o tom nesta segunda-feira (26/8) contra Pablo Marçal (PRTB), adversário que rivaliza com ele e o candidato do PSol, Guilherme Boulos, na liderança das pesquisas de intenção de voto, e disse que o influenciador está envolvido “até o nariz” com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Em entrevista coletiva após participar de um evento do Sindicato da Habitação (Secovi), o prefeito negou que fizesse ataques ao adversário, mas falou sobre as suspeitas de ligação de integrantes do PRTB, partido do influencer, com a facção criminosa.
“Não existe ataque. O que existe é você colocar as situações. Quando alguém demonstra lá, mostra que o partido dele está envolvido até o pescoço, ou melhor, até o nariz, superou tudo, com o PCC, não é ataque. A imprensa que está relatando”, disse o prefeito.
Nunes fez referência a uma série de reportagens que apontam ligações de Leonardo Avalanche, presidente do PRTB, com a facção. No lançamento da candidatura de Marçal, no início do mês, ele estava ao lado de Maiquel de Assis, 45 anos, condenado por sequestro.
Nunes disse, ainda, que a questão do PCC é um caso de polícia que ele preferia não abordar durante sua campanha.
“Sobre o PCC, isso é coisa de polícia, é uma atividade da polícia. Eu tenho orientado minha equipe: eu que quero focar na cidade, discutir as coisas da cidade. Agora, logicamente, a gente não pode ter um prefeito que tem esse envolvimento com o PCC, que aparentemente, pelos os indícios, são muito fortes, porque o que a gente está fazendo é combater o PCC, não querer trazer o PCC para dentro do governo”, disse.