Nunes se esquiva sobre ter Marçal no palanque do 2º turno em SP
Prefeito Ricardo Nunes (MDB) se esquivou de confirmar se o ex-candidato Pablo Marçal (PRTB) participará de sua campanha no 2º turno
atualizado
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São Paulo — O prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição nas eleições municipais deste ano, se esquivou de confirmar se o ex-candidato Pablo Marçal (PRTB) participará de sua campanha para segundo turno, ao seu lado no palanque. “Como foi ontem (6/10) à noite, a gente nem teve tempo aqui internamente de reunir para poder verificar e analisar”, disse, após uma breve pausa, em entrevista à rádio BandNews nesta segunda-feira (7/10). “O importante são os eleitores, que são fundamentais agora para que a gente vença a extrema esquerda.”
Nunes acredita que já coloca em prática propostas de Marçal — condição do influencer para apoiar o prefeito —, mas afirmou que os dois ainda não conversaram desde o resultado do primeiro turno das eleições desse domingo (6/10) para discutir uma eventual aproximação. Ao mesmo tempo, o atual prefeito afirmou estar aberto ao diálogo com Marçal.
Questionado sobre um possível aumento da rejeição por causa de Marçal, Nunes afirmou que não está se aproximando dele. “A gente tem aqui uma análise muito simples, com relação à questão do eleitor do Pablo Marçal, que é um eleitor de direita que quer combater a extrema esquerda”, analisou Nunes, em uma referência à disputa com Guilherme Boulos (PSol) pela prefeitura de São Paulo.
“Nós vamos para o segundo turno, contando com os votos do eleitor do Pablo Marçal, para derrotar a extrema esquerda e levando, dando continuidade ao governo, que é de centro-direita. Agora, do Pablo Marçal, a minha expectativa, o meu grande desejo é que ele possa ter aprendido com os erros que cometeu”, disse Nunes.
“Todos nós cometemos erros. Ele [Marçal] cometeu mais erros. Que fique uma lição para ele, com relação ao seu comportamento durante o período do primeiro turno. Isso é o meu desejo de coração, que as pessoas possam aprender com os erros e com as falhas”, desejou.
“Experiência e equilíbrio”
Em relação ao adversário Guilherme Boulos, Nunes afirmou que a sua estratégia nesse segundo turno é “demonstrar a diferença” entre eles, principalmente em relação à experiência e ao equilíbrio. “Fazer a gestão de uma cidade maior do que muitos países requer experiência, e o meu adversário não tem experiência nenhuma, só fez gestão de ocupação e invasão”, disse.
“É preciso ter ponderação, equilíbrio. O meu adversário é extremista. Ter ordem é fundamental na cidade da oportunidade, do emprego e da riqueza, para atrair investidor, ter aqui a geração de emprego e renda. O meu adversário se tornou conhecido pelas suas ações extremistas de invasão, de depredação. Então não é isso que a cidade precisa, não é isso que a cidade quer”, argumentou Nunes.
Resultado das eleições
Nesse domingo (6/10), Nunes desbancou Marçal, o candidato que mais ameaçava sua ida ao segundo por disputar com ele o eleitorado bolsonarista.
O prefeito conquistou 29,48% dos votos, 25 mil a mais do que Boulos, que obteve 29,07% e contra quem vai disputar o segundo turno em 27 de outubro. Marçal ficou em terceiro, com 28,14%.
A deputada federal Tabata Amaral (PSB) ficou em quarto, com 9,91%, enquanto o apresentador José Luiz Datena (PSDB) não conseguiu ultrapassar a marca dos 2% — teve 1,84% —, no pior desempenho de um tucano na história das eleições paulistanas. Atrás dele, Marina Helena (Novo) somou 1,38%.