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Nunes alega “quebra de confiança” e convoca Marta para demissão

Prefeito Ricardo Nunes (MDB) chamou Marta Suplicy para reunião na Prefeitura após saber pela imprensa de encontro entre a secretária e Lula

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Ricardo Nunes e Marta Suplicy - Metrópoles
1 de 1 Ricardo Nunes e Marta Suplicy - Metrópoles - Foto: Divulgação/Prefeitura

São Paulo — O prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), preparou uma carta de demissão para entregar ainda nesta terça-feira (9/1) para a ex-prefeita Marta Suplicy.

O emedebista alega “quebra de confiança” de sua secretária de Relações Internacionais, depois de ela negociar, sem comunicá-lo, o retorno ao PT para ser vice na chapa de seu principal adversário, o deputado federal Guilherme Boulos (PSol), a convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Nunes viu a atitude de Marta como uma “traição”. A ex-prefeita era considerada uma conselheira do emedebista e participava de reuniões estratégicas do conselho político do chefe do Executivo municipal.

Nunes e Marta marcaram uma reunião para o fim da tarde desta terça. Marta está de férias, que terminariam no próximo sábado (13/1). Petistas esperavam que a ex-prefeita procurasse Nunes para comunicar sua decisão quando ela retornasse ao trabalho.

A decisão de Nunes veio depois de ele saber, pela imprensa, que Marta havia se encontrado com Lula em Brasília. A ex-prefeita esteve no Palácio do Planalto nessa segunda (8/1), quando foi oficialmente convidada a retornar ao PT e concorrer nas próximas eleições como vice de Boulos na disputa pela Prefeitura de São Paulo.

A articulação de Lula para convidar Marta a retornar ao PT e disputar a eleição com Boulos foi revelada pelo Metrópoles no começo de dezembro. Marta já havia sido sondada, na época, a se filiar ao PL, partido de Jair Bolsonaro, para disputar como vice de Nunes — convite que ela descartou de pronto, diante da oposição que faz ao ex-presidente.

O apoio de Bolsonaro à campanha de Nunes é um dos motivos que fez a ex-prefeita decidir sair da Prefeitura, segundo aliados.

Marta é secretária de Relações Internacionais da gestão Nunes desde 2021 e era considerada pelo prefeito como uma de suas conselheiras políticas. Nessa segunda-feira (8/1), o prefeito disse que tinha confiança em Marta, no mesmo instante em que ela se encontrava com Lula em Brasília. Nunes desconhecia o evento.

Marta foi filiada ao PT por mais de 30 anos e deixou o partido em 2015, durante a Operação Lava Jato. Filiada ao MDB no mesmo ano, em uma cerimônia com a presença do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, na época no mesmo partido, ela votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff.

O retorno dela à Prefeitura ocorreu a convite de Bruno Covas, morto em 2021. Marta chegou a ser filiada ao Solidariedade após deixar o MDB, mas atualmente se encontra sem partido.

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