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Nunes troca PSDB por Bolsonaro e se lança à reeleição com 12 partidos

Ricardo Nunes oficializa neste sábado candidatura à reeleição com Bolsonaro, Tarcísio e Temer em evento que destacará amplo arco de alianças

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Divulgação/Prefeitura de São Paulo
foto colorida do prefeito Ricardo Nunes ao inaugurar, em 25/4/24, a UPA Rio Pequeno, zona oeste de SP - Metrópoles
1 de 1 foto colorida do prefeito Ricardo Nunes ao inaugurar, em 25/4/24, a UPA Rio Pequeno, zona oeste de SP - Metrópoles - Foto: Divulgação/Prefeitura de São Paulo

São Paulo — Eleito como vice em 2020 em uma chapa liderada por Bruno Covas (PSDB), o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), se lança à reeleição neste sábado (3/8), em um evento para 10 mil pessoas na Assembleia Legislativa (Alesp), sem o partido que o ajudou a chegar ao poder, mas com o desejado apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem Covas era opositor antes de morrer, em 2021.

Nunes disputará a campanha com a maior coligação destas eleições — são 12 partidos que vão do centro à direita —, o que deve dar a ele mais da metade do tempo de TV e rádio destinado à propaganda eleitoral. Após um longo e conturbado “namoro”, a convenção deste sábado sela o “casamento” do prefeito com a cúpula do bolsonarismo, com a oficialização do Coronel Mello Araújo (PL), ex-comandante da Rota, alçado ao posto por pressão de Bolsonaro.

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Nunes posa para foto com cozinheira
Nunes na sala de reuniões do 5º andar da Prefeitura
Nunes ao lado dos aliados Tarcísio de Freitas e Milton Leite
Nunes cumprimenta paciente em unidade de saúde
Nunes durante visita à represa Billings
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Nunes dá a mão a funcionária pública no centro

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Nunes posa para foto com cozinheira

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Nunes na sala de reuniões do 5º andar da Prefeitura

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Nunes ao lado dos aliados Tarcísio de Freitas e Milton Leite

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Nunes cumprimenta paciente em unidade de saúde

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Nunes durante visita à represa Billings

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Nunes olha para planta de obra pública

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Enquanto é alvo de ataques de adversários de esquerda que o acusam de radicalismo por se aliar a Bolsonaro, Nunes sustenta que seu amplo arco de alianças é uma “frente ampla” contra a “extrema esquerda”, que seria representada pelo deputado federal Guilherme Boulos, candidato do PSol que conta com apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), antagonista de Bolsonaro na polarização política do país.

O evento deste sábado terá discursos de Bolsonaro, do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), tido como principal aliado de Nunes, e do ex-presidente Michel Temer (MDB), além do próprio prefeito e candidato à reeleição. São esperadas ainda falas de representantes dos demais partidos da coligação, como PL, PP, PSD e Republicanos. À tarde, Nunes e Tarcísio irão a um evento exclusivo do União Brasil, convocado pelo presidente da Câmara Municipal, Milton Leite, aliado do prefeito que se mostrou contrariado com a composição da chapa e ameaçou rompimento.

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Ricardo Nunes, Baleia Rossi e Tarcísio de Freitas levam salgados e bolo para jornalistas na porta do Palácio dos Bandeirantes
Tarcísio de Freitas, Jair Bolsonaro, Ricardo Nunes e Coronel Mello Araújo após almoço na Prefeitura de São Paulo
Tarcísio, Nunes, Bolsonaro e bolsonaristas jantando em SP
Milton Leite, presidente da Câmara de SP, Tarcísio, Nunes e Kassab, secretário de Governo
Tarcísio e Nunes recebendo uma bênção
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O governador Tarcísio de Freitas e o prefeito de SP, Ricardo Nunes

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Ricardo Nunes, Baleia Rossi e Tarcísio de Freitas levam salgados e bolo para jornalistas na porta do Palácio dos Bandeirantes

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Tarcísio de Freitas, Jair Bolsonaro, Ricardo Nunes e Coronel Mello Araújo após almoço na Prefeitura de São Paulo

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Tarcísio, Nunes, Bolsonaro e bolsonaristas jantando em SP

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Milton Leite, presidente da Câmara de SP, Tarcísio, Nunes e Kassab, secretário de Governo

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Tarcísio e Nunes recebendo uma bênção

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Nunes, sua mulher, a primeira-dama do Estado e Tarcísio, juntos no The Town

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Nunes e Tarcísio

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O governador Tarcísio e o prefeito Ricardo Nunes

Mônica Andrade/Governo do Estado de SP
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O prefeito Ricardo Nunes e o governador Tarcísio de Freitas

Fernando Nascimento/Governo de São Paulo

 

Tucanos ou bolsonaristas

Embora tenha sido eleito na chapa encabeçada pelo PSDB, Nunes priorizou a aliança com Bolsonaro durante as articulações de pré-campanha com o receio de que os bolsonaristas lançassem uma candidatura próprio a prefeito que ameaçasse sua ida ao segundo turno.

A estratégia se mostrou eficaz quando o emedebista começou a subir nas pesquisas até chegar à liderança da corrida nos últimos meses, ainda que em situação de empate técnico com Boulos nos principais levantamentos. O problema é que o PSDB, apesar da grave crise que enfrenta desde que perdeu o comando do estado, em 2022, decidiu arriscar alto em sua reconstrução e apadrinhou a candidatura do apresentador José Luiz Datena.

Os tucanos que apoiavam Nunes e tinham cargos na prefeitura acabaram migrando do PSDB para partidos da coligação do emedebista, como o próprio MDB, enquanto a ala antibolsonarista embarcou no projeto de Datena, que já desistiu de concorrer em outras quatro eleições. Desta vez, o apresentador diz que é pra valer e já subiu nas pesquisas, empatando com Nunes e Boulos, segundo a última pesquisa Genial/Quaest.

Vitrine e PF

Para exibir na campanha eleitoral, o prefeito vai levar números recordes em investimentos públicos, o fato de ter zerado a fila por vagas em creches, a criação de parques e o Domingão Tarifa Zero, programa que prevê ônibus gratuitos aos domingos.

Nunes, porém, chega à convenção que vai oficializar sua candidatura à reeleição em um momento delicado. Há duas semanas, teve de lidar com a volta da pauta de violência doméstica que adversários tentaram explorar na campanha passada, com o caso do boletim de ocorrência feito por sua mulher em 2011, no qual ela o acusa de ameaça.

Nesta semana, o prefeito voltou ao centro do noticiário sendo vinculado ao escândalo da máfia das creches na prefeitura, após uma investigada acusá-lo de receber dinheiro desviado das unidades de ensino infantil e a Polícia Federal (PF) ter decidido seguir com a investigação sobre o possível envolvimento de Nunes no esquema. Ele nega qualquer irregularidade.

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