Nunes pede compreensão a Record se faltar a debate por causa de chuva
Ricardo Nunes procurou a TV Record para dizer que, caso haja nova tempestade, pode faltar de novo a debate contra Guilherme Boulos
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo — O prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, conversou com integrantes da TV Record na noite dessa quinta-feira (17/10) para pedir “compreensão” à emissora caso falte ao debate marcado para este sábado (19/10) contra o adversário Guilherme Boulos (PSol), se a tempestade prevista para atingir a Grande São Paulo causar danos e exigir sua atenção.
“A gente tem um alerta da Defesa Civil de fortes chuvas na sexta-feira [18/10], a partir das 16h, e no sábado. Expliquei para eles [da Record] que, numa eventual situação de colapso na cidade, que vai requerer a presença do prefeito, se a gente tiver, por exemplo, uma situação como a que aconteceu nesse final de semana, que aí eu vou ter que, entre o debate e cuidar da cidade, eu preciso liderar o cuidado da cidade”, disse o prefeito, ao comentar o diálogo com a emissora.
Nesta reta final de campanha eleitoral, com Nunes à frente do adversário nas pesquisas de intenção de voto, os dois candidatos vêm trocando uma série de ataques, tanto por causa das responsabilidades sobre o apagão que deixou milhões de pessoas sem luz na semana passada quanto sobre a participação — ou não — nos debates.
O prefeito vinha dizendo, desde o início do segundo turno, que participaria no máximo de três encontros. Boulos, por sua vez, confirmou presença em 12 convites diferentes e acusou o adversário de “fugir”.
Os dois se encontraram apenas uma vez neste segundo turno, em debate promovido pela Rede Bandeirantes na última segunda-feira (14/10). Nessa quinta, Nunes faltou ao encontro que havia confirmado presença, na RedeTV.
O prefeito alegou que não poderia faltar a uma reunião convocada de última hora pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para tratar das chuvas. Boulos, que foi à emissora e acabou sabatinado, criticou o concorrente, chamando-o de “tio Paulo do Tarcísio”.
“A expectativa é que a gente possa ter o debate, mas a gente precisa ficar atento que, se a cidade me exigir, eu vou ter que cuidar da cidade”, disse Nunes.
