Nunes cita 3 nomes para vice e ironiza “democracia” na chapa de Boulos
Sem um vice definido, prefeito Ricardo Nunes sinaliza necessidade de diálogo com partidos que integram coligação na disputa pela Prefeitura
atualizado
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São Paulo – O prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), disse que a escolha do vice para a disputa à reeleição é “questão de maturação” e ironizou a forma como a petista Marta Suplicy, sua antiga aliada, foi escolhida para o posto na chapa de seu principal adversário, o deputado federal Guilherme Boulos (PSol).
“Eu preciso ter muita tranquilidade para achar um nome de consenso. Não dá para ser como no caso do meu adversário, em que uma única pessoa falou: ‘Vai ser essa, ponto e acabou”. Super democrático”, ironizou Nunes, durante um evento partidário na noite de quarta-feira (3/4).
Marta era secretária de Relações Internacionais da atual gestão na Prefeitura e uma das conselheiras políticas de Nunes quando foi convidada pelo presidente Lula a retornar ao PT para integrar a chapa de Boulos.
Até o momento, Boulos é o único pré-candidato à Prefeitura que definiu a vice. Embora a deputada Tabata Amaral (PSB) tenha sinalizado que o apresentador José Luiz Datena (PSDB) será seu companheiro de chapa, o jornalista tem desconversado sobre a definição.
Nunes cita nomes
O prefeito disse que a escolha do seu vice terá de ser feita por meio do diálogo e citou três nomes indicados para a vaga: o deputado estadual Delegado Olim (PP), a delegada Raquel Gallinati (PL) e o vereador Milton Leite (União Brasil), presidente da Câmara Municipal.
“O Delegado Olim é um dos nomes que o Progressistas colocou como vice. Eu vou desconsiderar? Não vou desconsiderar. A gente tem uma parte do PL que coloca o nome da delegada Raquel e a gente tem o União Brasil que coloca o nome do Milton Leite. Ou seja, a gente tem muitos nomes”, disse Nunes.
Na declaração, o prefeito deixou de fora três nomes que também têm sido ventilados para o posto: o do coronel Ricardo Mello Araújo, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o da secretária estadual da Mulher, a bolsonarista Sonaira Fernandes (PL), e o de seu atual secretário de Relações Internacionais, Aldo Rebelo, licenciado do PDT, partido que fechou apoio a Boulos.
“Alguém não vai gostar do resultado final, mas no mínimo vai ser consultado. O nome escolhido vai ser apresentado junto de quais foram os argumentos e a condição da maioria”, afirmou Nunes.