Nunes nega ter se esquivado de Bolsonaro e diz esperar seu apoio
Durante celebrações do 7 de Setembro em São Paulo, Ricardo Nunes afirmou que está buscando “proximidade” com o ex-presidente
atualizado
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São Paulo – O prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), negou, nesta quinta-feira (7/9), que tenha tentado se afastar da imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), após ter se esquivado do assunto em um evento nesta semana.
“Chamei ele para almoçar outro dia. Não tenho a intimidade ou a proximidade que tenho com o Tarcísio no dia a dia, mas estou buscando sua proximidade e aguardando que ele possa anunciar apoio a mim e ter a união da centro-direita contra a extrema esquerda”, afirmou Nunes, referindo-se às eleições municipais do ano que vem.
Na terça (5/9), quando questionado sobre a aproximação com o ex-presidente visando o apoio à reeleição em 2024, Nunes respondeu: “Eu, do lado do Bolsonaro?”. Nesta quinta, declarou que é comum que pessoas tentem criar “futrica e intriga”.
A fala do prefeito ocorreu após o tradicional desfile cívico-militar no Sambódromo do Anhembi, em Santana, zona norte da capital paulista, onde também esteve o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
O evento também contou com a presença do deputado federal Celso Russomanno (Republicanos-SP) e do desembargador Ricardo Anafe, presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
“Amigo” de Tarcísio
Afilhado político de Bolsonaro, Tarcísio não se pronunciou publicamente sobre a fala de Nunes, mas cancelou, de última hora, a ida a um evento ao lado do prefeito nessa quarta-feira (5/9).
Na celebração do 7/9, os dois tiveram poucas interações públicas, embora Nunes tenha negado qualquer rusga entre ambos e tenha chamado o governador de “amigo pessoal”.
“É muita imaginação [dizer que há problemas]. Nós chegamos, fomos andar na viatura do Exército, viemos aqui e tomamos um café, dialogamos”, disse.
O prefeito também afirmou que ele, Tarcísio e suas respectivas famílias estarão juntos, na noite desta quinta, no camarote da Prefeitura para prestigiar o festival The Town.
“Estaremos tomando uma Coca-Cola ou talvez até uma Tubaína”, disse, fazendo referência à fala de Bolsonaro, que durante a pandemia disse que “quem é de direita toma cloroquina, quem é de esquerda toma Tubaína”.