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Nunes defende Israel e Boulos evita nova polêmica após fala de Lula

Prefeito de SP, Ricardo Nunes saiu em defesa de Israel após declaração polêmica do presidente Lula, enquanto Guilherme Boulos evitou o tema

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Montagem com fotos de Governo de SP e Fábio Vieira/Metrópoles
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1 de 1 Montagem com fotos de Ricardo Nunes e Guilherme Boulos - Foto: Montagem com fotos de Governo de SP e Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo — Depois da polêmica causada pela repercussão envolvendo o ataque do grupo extremista Hamas a Israel, no ano passado, o conflito no Oriente Médio voltou a pautar o embate entre os dois principais pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo, depois da controversa declaração feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesse domingo (18/2), comparando as mortes de civis palestinos na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus promovidos por Hitler na Segunda Guerra Mundial.

O prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), saiu em defesa da comunidade judaica nesse fim de semana, em meio a ampla repercussão negativa provocada pela fala de Lula na Etiópia, que causou uma crise diplomática do Brasil com Israel. Nunes classificou “intolerável e irresponsável” a comparação feita por Lula entre as mortes de palestinos na Faixa de Gaza e o massacre de judeus no Holocausto.

“Não se pode comparar o incomparável, especialmente porque Israel tem o direito de se proteger e se defender”, postou Nunes nas redes sociais. O prefeito, que é apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), aliado do atual primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse ainda que “pronunciamentos como esse apenas alimentam o discurso de ódio e o antissemitismo” e se solidarizou duas vezes com o povo judeu.

Já o deputado federal Guilherme Boulos (PSol), que sofreu desgaste ao se manifestar sobre o ataque do Hamas a Israel, em outubro do ano passado, não fez nenhum comentário sobre o assunto nas redes desta vez e se esquivou do tema ao ser questionado a respeito em uma entrevista nesta segunda-feira (19/2). À Bandnews, Boulos condenou “os ataques terroristas” feitos pelo Hamas e também “os ataques desmedidos feitos pelo exército de Israel”.

Na entrevista, o deputado do PSol disse que não era “comentarista das falas do presidente Lula” nem “candidato a prefeito de Tel Aviv” e que “o eleitor está escolado” a respeito de fake news que diziam que ele seria ligado ao Hamas.

Embate antigo

Nunes e Boulos se colocaram em oposição a respeito do conflito no Oriente Médio quando a guerra na Faixa de Gaza teve início, em outubro passado, após o ataque terrorista do Hamas que matou centenas de civis israelenses e fez inúmeros reféns. Israel respondeu com uma operação militar em Gaza e a guerra já deixou milhões de refugiados e mais de 20 mil mortos, segundo o próprio Hamas.

Na ocasião, Boulos havia feito críticas ao ataque, mas não havia feito nenhuma citação ao Hamas. O médico Jean Gorinchteyn, que é judeu e fazia parte de sua pré-campanha, deixou o posto em protesto a posição de deputado.

Além disso, uma foto do deputado, feita na Cisjordânia, ao lado do ex-presidente do PSol Juliano Medeiros, com uma frase pichada em um bloco de concreto em solidariedade à Palestina, passou a circular nas redes sociais e ele foi acusado de ligação com o Hamas.

A série de revezes obrigou Boulos a fazer um discurso com críticas ao grupo, que ele chamou de terrorista, no plenário da Câmara dos Deputados.

Desta vez, a campanha do deputado do PSol avaliou que seria melhor não entrar na polêmica internacional alegando que “Gaza fica muito longe da Cracolândia”, em referência aos problemas de segurança e saúde pública no centro da capital paulista, problema que compete ao prefeito.

Entre aliados de Boulos, contudo, a opção foi por sair em defesa de Lula e manter a posição ideológica de esquerda em defesa do povo palestino diante dos ataques de Israel. Por isso, uma série de parlamentares tanto do PSol quanto do PT fizeram postagens defendendo Lula desde domingo.

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