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Nunes garante que não haverá criação de taxa para enterrar fios em SP

Prefeito de São Paulo afirma que foi mal interpretado quando sugeriu a cobrança de uma taxa opcional para acelerar o aterramento de fios

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Imagem colorida mostra Ricardo Nunes, homem branco de cabelo e barba pretos, de camisa branca, em um púlpito com microfones. Ele está em uma sala de controle de energia da Enel - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Ricardo Nunes, homem branco de cabelo e barba pretos, de camisa branca, em um púlpito com microfones. Ele está em uma sala de controle de energia da Enel - Metrópoles - Foto: Reprodução/YouTube

São Paulo – O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou nesta terça-feira (7/11) que foi mal interpretado e garantiu que não há possibilidade de criar uma taxa à população para o enterramento dos cabos e fios.

Em coletiva na noite dessa segunda-feira (6/11), Nunes sugeriu a cobrança de uma taxa opcional de moradores com condições financeiras de pagar para acelerar o enterramento de fios da rede elétrica em alguns quarteirões da cidade em parceria com a Prefeitura.

Em nota, o prefeito disse que a administração municipal está disposta a ajudar quem queira investir no aterramento. “Não farei nenhum tipo de cobrança para a população na cidade de São Paulo. Pelo contrário, se alguém quiser enterrar os fios, a Prefeitura está disposta a pagar metade justamente para evitar que árvores caiam sobre a cidade. Meu compromisso sempre foi desonerar o paulistano, assim como fizemos quando não aumentamos a tarifa do transporte público ou demos isenção de IPTU na região central, por exemplo”.

O aterramento é uma das apostas, de acordo com especialistas, para evitar apagões em dia de tempestades. Segundo a Prefeitura de São Paulo, o programa São Paulo Sem Fios já conta com 60 quilômetros com a fiação 100% subterrânea.  

O programa de aterramento de fios de energia e telecomunicações diminui ocorrências que podem causar queda de árvores ou outros incidentes. A Prefeitura de São Paulo prevê a utilização de recursos do Fundo Municipal de Iluminação, por meio da contribuição de custeio da iluminação pública (COSIP), para ajudar no programa de expansão do aterramento de fios, numa ação compartilhada com as concessionárias.

O prefeito de São Paulo explicou que, desde o ano passado, a Prefeitura e a concessionária Enel estão “desenvolvendo um plano para apresentar para a sociedade para alguns casos aonde o contribuinte, o morador, o munícipe pode aceitar pagar uma taxa de contribuição”.

Nunes afirmou que o tema é “complexo” e caro, já que o custo do enterramento de toda a fiação da cidade é estimado em R$ 20 bilhões. Atualmente, a Prefeitura acumula valor recorde de R$ 36 bilhões em caixa.

O prefeito disse que pretende entregar, até o fim do próximo ano, 83 km de aterramento de fios na cidade – até o momento, segundo Nunes, a quantidade entregue pela sua gestão foi de 60 km. Ele disse que precisa do auxílio das empresas de telecomunicação para poder enterrar a fiação.

Na coletiva dessa segunda, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) declarou que “o grande vilão [da falta de energia] foi a queda de árvores, que por falta de manejo acabaram caindo” e propôs que as árvores sejam manejadas para não atingirem as fiações em caso de queda provocada por chuva forte como a que ocorreu na sexta-feira.

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