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Nunes falta a debate e Boulos é sabatinado ao lado de cadeira vazia

Debate da CBN na manhã desta quinta (10/10) seria o primeiro do 2º turno da eleição municipal de São Paulo mas virou sabatina com Boulos

atualizado

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Guilherme Boulos
1 de 1 Guilherme Boulos - Foto: Reprodução

São Paulo — O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, não compareceu ao primeiro debate da disputa municipal do segundo turno, que seria realizado pela CBN na manhã desta quinta-feira (10/10). Com isso, seu adversário, Guilherme Boulos (PSol), foi submetido a uma sabatina, posicionado ao lado de uma cadeira vazia, reservada para Nunes.

“Eu queria lamentar que o atual prefeito, candidato Ricardo Nunes, tenha fugido do debate. Isso é ruim para a democracia. A gente já teve nessa eleição muito problema com cadeira. Mas até agora não tinha tido cadeira vazia”, disse Boulos.

“Embora isso seja um desrespeito com os eleitores de São Paulo, não me surpreendeu. Porque o mesmo candidato que agora foge de responder à sociedade, foge de debater ideias, foi o prefeito que durante três anos e meio fugiu de suas responsabilidades. Foi alguém que fugiu quando teve o apagão, e duas milhões de pessoas sem luz, quando a cidade mais precisava, foi para o camarote da Fórmula 1 e fugiu de resolver o problema. Foi alguém que fugiu quando nós estávamos na maior epidemia de dengue da cidade e deixou as pessoas à própria sorte no SUS. Lamentável que alguém com essa postura fraca e omissa queira ser prefeito”, acrescentou.

Boulos ainda pode fazer duas perguntas à cadeira vazia. Na primeira, mencionou suspeitas de envolvimento do Primeiro Comando da Capital (PCC) na prefeitura, questionando por que Nunes colocou um ex-cunhado de Marcola, líder da facção, como chefe de gabinete da Secretaria de Infraestrutura e Obras.

“Nós temos hoje o risco de São Paulo ficar à mercê dos interesses do crime com a continuidade do Ricardo Nunes”, disse Boulos. Ele chamou de “escandaloso” o número de obras sem licitação na gestão de Nunes.

Na segunda pergunta, Boulos questionou o poder de indicação que Bolsonaro teria na prefeitura sob Nunes.

As campanhas de Ricardo Nunes e Guilherme Boulos estão em guerra sobre a quantidade de debates no segundo turno. Ao todo, são previstos encontros organizados por 12 veículos.

A campanha de Nunes considera o número inviável e quer reduzir o total de debates a três, de forma que os diferentes veículos de comunicação precisariam se consorciar para realizá-los. A campanha de Boulos também acha 12 um número alto demais, considerando que eles teriam de ocorrer em um intervalo de 15 dias, mas admite a realização de nove.

Boulos afirmou, ainda na segunda-feira (7/10), que a tentativa de reduzir a quantidade de debates é “coisa de quem está com medo”.

Boulos já faltou a debate

Ao contrário do que disse o candidato do PSol, esse não foi o primeiro debate desta eleição com “cadeiras vazias”. O próprio Guilherme Boulos, Ricardo Nunes e José Luiz Datena (PSDB) não compareceram ao segundo debate do primeiro turno, realizado pela Veja em 19 de agosto.

Na época, eles argumentaram que no debate anterior as regras haviam sido desrespeitadas, dando espaço para que Pablo Marçal (PRTB) fizesse uma série de ataques pessoais a adversários.

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