Nunes fala em construir centro de equoterapia no Jockey Club de SP
Nunes disse que Jockey Club dará lugar a parque; lei que proíbe corridas de cavalo foi suspensa por decisão da Justiça na terça (3/7)
atualizado
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São Paulo — O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), sugeriu a construção de um centro de equoterapia no local onde hoje está localizado o Jockey Club de São Paulo, na zona oeste da capital. Em agenda pública nesta quinta-feira (4/7), o prefeito disse que o centro ficaria dentro de um parque municipal a ser construído no lugar do Jockey.
A equoterapia é uma atividade terapêutica que utiliza cavalos para o desenvolvimento psicológico e social de pessoas com deficiência.
Segundo Nunes, o centro iria absorver a mão de obra que hoje trabalha nas corridas de cavalo do hipódromo, que ficaria ociosa com a proibição do uso de animais em jogos de azar na cidade de São Paulo.
A questão se tornou alvo de disputas desde que Nunes sancionou, nessa segunda-feira (1º/7), uma lei que proíbe a realização de seres vivos em apostas esportivas. Um dia depois da sanção, na terça-feira (2/7), a lei foi suspensa por uma determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) sob a justificativa que o tema seria de competência federal.
Além da proibição do uso de animais, a lei, que permanece suspensa, dava 180 dias para os estabelecimentos se adequarem à nova regra, prevendo a aplicação de multa e perda de alvará para casos de desobediência.
O pedido de suspensão na justiça foi feito pelo próprio Jockey Club de São Paulo, que tem as corridas de cavalo como uma das suas principais atividades econômicas. O clube não suspendeu corridas previstas em seu calendário para os próximos dias.
O Jockey possui uma dívida significativa em tributos municipais e, por essa razão, é possível que o poder público se aproprie do terreno. Em nota, o poder municipal informou que “tão logo a área seja oficialmente da Prefeitura, serão iniciados os estudos para implantação do parque”.
O Metrópoles entrou em contato com Jockey Club mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. O espaço permanece aberto.